Dentro de alguns dias deverá ter início a construção do Instituto Senai de Inovação – Biomassa, o ISI Biomassa. A ordem de serviço para o começo das obras foi assinada ontem, pelo presidente da Federação da Indústria de Mato Grosso do Sul (Fiems), Sérgio Longen, durante reunião mensal da Mesa Diretora do Sistema Fiems, no Edifício Casa da Indústria, em Campo Grande.
O Instituto de Biomassa será construído em uma área doada pelo Patrimônio da União, localizada na rua Angelina Tebet, no bairro Santa Luzia, onde, anteriormente, estava instalado o Departamento de Obras e Serviços (DOS), da Prefeitura e que, antes disso, abrigou as oficinas da antiga ferrovia Noroeste do Brasil. Por sinal, o projeto arquitetônico do Instituto prevê utilizar a estrutura da NOB e, com isso, manter um pouco a característica original dos barracões.
Conforme informações da Fiems, a implantação do instituto visa um novo modelo do Serviço Nacional de Aprendizado Industrial (Senai). “O novo modelo do Senai está voltado para a área de pesquisa e o trabalho que o Senai irá desenvolver no ISI Biomassa é inovador e tem foco nas demandas das indústrias”, pontuou.
Longen acrescentou que o ISI Biomassa pretende atuar na parte de inovação tecnológica, com pesquisas científicas aplicadas na área de biomassa e desenvolvimento de produtos e processos inovadores. Para isso, o instituto contará com uma área de cinco mil m² e um investimento de R$ 21,6 milhões.
A unidade contará com laboratório de processo químico, áreas de preparação de matérias-primas, sala de avaliação de resíduos, sala de concentração de amostras, laboratório químico e instrumental, biblioteca virtual, quatro plantas piloto, biorrefinaria, entre outros.
Ainda segundo nota emitida pela Fiems, após a conclusão da obra, que deverá ser concluída em 15 meses, aproximadamente, o Instituto de Biomassa, em parceria com o Programa Ciência Sem Fronteira do CNPq, permitirá a qualificação dos pesquisadores visando desenvolver tecnologias que atendam às necessidades atuais e futuras da indústria, seja ela da região quanto nacional.
Esse processo de estudos do Instituto, aliás, já foi iniciado, conforme explicou o diretor-regional do Senai, Jesner Escandolhero. De acordo com ele, a ordem de serviço representa o marco do início da infraestrutura física do Instituto, mas a e equipe técnica já atua em projetos contratados por todo o Brasil. Por enquanto, as pesquisas são realizadas em Campo Grande.
“O complexo de laboratórios vai oferecer mais suporte ao desenvolvimento de novas tecnologias na utilização da biomassa como matéria-prima industrial”, afirmou. A expectativa é que, depois de concluídas as obras, cerca de 60 profissionais sejam contratados para atender a demanda do instituto; a maioria deles, pesquisadores.
O instituto será construído ao lado da escola do novo Sesi, cujas obras iniciaram no começo desse ano.