Émerson Renan de Oliveira Roque, de 19 anos, suspeito de ter matado Thiago Domingos Queiroz, de 22 anos, na madrugada de sábado (2), confessou à Polícia Civil ter efetuado os disparos contra a vítima. O crime ocorreu em um posto de combustíveis, em Três Lagoas, e o suspeito se apresentou na delegacia acompanhado de advogada.
O depoimento ocorreu no final da tarde desta segunda-feira, fora do período de flagrante.
O delegado Juvenal Laurentino Martins, da 2ª Delegacia, instalada no bairro Vila Piloto, contou à reportagem que o suspeito era considerado foragido e que logo após ter cometido o crime teria se escondido em uma região de mata, conhecida como Ilha Comprida.
Segundo o delegado, contou que tinha uma rixa antiga com a vítima. “O Emerson e o Thiago são moradores do mesmo bairro. O suspeito contou que quando tinha 10 anos de idade, ele e a vítima tiveram um desentendimento. Émerson alega que depois disso Thiago passou a provoca-lo nas ruas, fazer ameaças de morte e passando constantemente na frente da residência”, disse o delegado.
Martins relatou ainda que Émerson declarou que agiu sozinho no homicídio e que não recebeu ajuda na madrugada de sábado. No depoimento, inocentou os dois suspeitos presos por envolvimento no crime, sendo um deles o próprio pai Émerson José de Oliveira, o “Pelezinho”, de 39 anos. “Ele afirma que não recebeu auxílio de amigos e da família, nem antes ou depois do homicídio, e que também não foi utilizado automóvel para a fuga, conforme apontou inicialmente a investigação”.
Após o depoimento, Émerson foi liberado. O delegado Juvenal Martins contou que aguarda decisão da Justiça sobre o pedido de prisão contra o suspeito feito no domingo (3).
PLANO DE VINGANÇA
Émerson declarou que na tarde de sábado viu Thiago passando de moto em frente à casa onde mora. Na ocasião, de acordo com o suspeito, a vítima teria feito gestos como se fosse efetuar um disparo contra ele.
À noite, Émerson foi com amigos em uma casa noturna de Três Lagoas, onde se deparou novamente com o Thiago e acabou encostando nele dando um cutucão. A vítima teria ficado irritada com a situação e teria dito a um dos amigos de Émerson que “ele não passaria daquela noite”.
Atemorizado com a informação logo recebida dos colegas, Émerson alega que deixou a casa noturna e foi até um bar, localizado na avenida Ranulpho Marques Leal, para se encontrar com outros colegas. O suspeito afirma em depoimento que o Thiago também apareceu no local e que novamente fez gestos dando a atender que iria matá-lo.
“Foi a partir desse momento, que o Émerson conta que ficou com medo de realmente ser morto e saiu do local para buscar uma arma e uma bicicleta. Ele retornou por um dentro de um mato com a intenção de achar a vítima, que estava na borracharia com algumas pessoas. Nessa ocasião, o suspeito decidiu efetuar os disparos. Em seguida, fugiu”, revelou o delegado detalhes do depoimento.
Émerson disse à polícia que jogou a arma nos fundos de um bar, próximo à residência dele, e ficou escondido na região de mata até entrar em contato com familiares.
(Colaborou Celso Daniel/TVC)