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Protesto

Ato anticorrupção fecha BR-262 e presidente é satirizada em boneco

Manifestantes também homenagearam a Polícia Federal e o juiz Sergio Moro, responsável pela Operação Lava Jato

Manifestantes se reuniram para bloquear o tráfego na BR-262, entre Mato Grosso do Sul e São Paulo, e para um protesto no centro de Três Lagoas; comerciantes fecharam as portas por uma hora - Claudio Pereira/JP
Manifestantes se reuniram para bloquear o tráfego na BR-262, entre Mato Grosso do Sul e São Paulo, e para um protesto no centro de Três Lagoas; comerciantes fecharam as portas por uma hora - Claudio Pereira/JP

Um dia depois de novas manifestações contra o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) reunir milhares de pessoas em todos os Estados e no Distrito Federal, ontem, manifestantes protestarem pela saída dela em Três Lagoas. Foi o terceiro protesto do tipo, na cidade, neste ano.

O grupo paralisou por cerca de uma hora o tráfego na rodovia BR-262, sobre a ponte da usina Jupiá, na divisa entre São Paulo e Mato Grosso do Sul. Houve congestionamento por cerca de 15 quilômetros, de acordo com estimativa da Polícia Rodoviária Federal. 

Apenas veículos com crianças, pessoas doentes e mulheres grávidas eram liberados. Não houve incidentes, apesar de protestos de caminhoneiros, contrários ao modo de protesto.

O grupo também fez um ato de agradecimento à Polícia Federal e ao trabalho do juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba (PR), na Operação Lava Jato.

O delegado Vinícius Faria Zangirolani disse que a manifestação busca resgatar valores que isto contribui para a continuidade  do trabalho da PF em todo o país, não apenas no âmbito da Lava Jato.

Depois, os participantes seguiram em direção à praça senador Ramez Tebet, no centro da cidade, onde houve discursos, exposição de faixas e cartazes com temas da campanha, como “Fora Dilma”, “Fora PT” e “Fim da Corrupção”. Os manifestantes também cantaram o Hino Nacional e pediram a prisão do ex-presidente Lula.

Um boneco com uma foto da presidente Dilma, vestido com uniforme de presidiária, foi amarrado e erguido por um guindaste.
O presidente da Associação Comercial e Industrial da cidade, Atílio D’Agosto, avaliou a manifestação como positiva, e disse que a população brasileira não pode mais aceitar a corrupção.

Parte do comércio do centro da cidade fechou as portas, em apoio ao manifesto, segundo Atílio.

A empresária Sayure Baez estima que, cerca de mil pessoas tenham participado da manifestação. A Polícia Militar calculou em aproximadamente 100.  

“A manifestação foi positiva. O povo acordou. A partir de agora não existe corrupção que não seja mais vista nesse país. O nosso objetivo foi atingido e não vamos parar com este ato. Daremos continuidade aos protestos”, adiantou Sayure.

Em fevereiro e março, outros dois atos de protesto contra o governo Dilma reuniram,juntos, cerca de duas mil pessoas, segundo os organizadores. Mil, de acordo com a PM.

APOIO
O produtor rural e presidente do Sindicato Rural, Marco Garcia de Souza, disse que participou do ato em apoio à Lava Jato e a Sergio Moro. “Estou aqui como produtor rural, como cidadão, porque apoio o impeachment da presidente. Sou a favor do fim desse governo, que levou o caos que estamos atravessando na economia. Se o Brasil está com grande redução na geração de empregos, empresas fechando em todo o país, isso tem um responsável. Já tivemos manifestação de juristas, provando porque ações do governo são inconstitucionais e têm motivos o suficiente para o impeachment da presidente da República”, afirmou.