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Três Lagoas

Atrasos de verbas comprometem construção de ponte no rio Paraná

Obras que seriam concluídas em dezembro deste ano podem sofrer novo adiamento

Motoristas que já utilizam a ponte são obrigados a trafegar por trechos em terra - Claudio Pereira/JP
Motoristas que já utilizam a ponte são obrigados a trafegar por trechos em terra - Claudio Pereira/JP

A construção da ponte rodoviária sobre o rio Paraná, que liga Três Lagoas ao Estado de São Paulo, pode ser concluída apenas no ano que vem em razão de atrasos nos pagamentos feitos pelo Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit) à empresa responsável pela execução do empreendimento.
O Dnit, porém, ainda trabalha com a possibilidade de entrega até 23 de dezembro. 
No entanto, em razão das chuvas deste ano, mais os atrasos nos pagamentos das medições, podem contribuir para que as obras sejam concluídas apenas no próximo ano, segundo admitiu o superintendente do Dnit, de Três Lagoas, Milton Rocha Marinho.
A previsão era de que a ponte fosse concluída em abril do ano passado. Depois, o prazo se estendeu para dezembro. Em seguida, novas datas foram anunciadas: abril de 2015, depois junho, agosto, setembro e novembro. 
As obras foram iniciadas em junho de 2012, orçadas em R$ 113 milhões.
Marinho disse que o governo federal liberado com atrasos de 60 a 90 dias, o que tem comprometido o trabalho da empreiteira. “Essa obra vem enfrentando problemas devido aos atrasos, que vêm ocorrendo desde janeiro deste ano”, disse Marinho.
Outra preocupação, segundo o engenheiro, é de que nos próximos dias, o Dnit precisará ter garantia de recursos para a conclusão do empreendimento. Caso contrário, o órgão não poderá autorizar a empresa a prosseguir. “Não podemos permitir que a empresa execute um serviço e depois pare, para depois ter de refazê-lo”, explicou.

O QUE FALTA
A estrutura da ponte está pronta. Resta, ainda, a conclusão de 6,6 mil metros de acessos que serão pavimentados, dos dois lados, até a cabeceira da ponte, que têm 1,3 mil metros de extensão. 
 O empreendimento vai absorver o trânsito, com duas faixas de tráfego, além de acostamento e passarela para pedestres. Pelo lado de São Paulo, o acesso vai partir da rotatória de início da rodovia Marechal Rondon e, por Três Lagoas, deve começar em área próxima à antiga delegacia da Polícia Rodoviária Federal, no início da BR-262.