A CBN Campo Grande conversou nesta semana com o superintendente de Políticas Educacionais da SED (Secretaria Estadual de Educação), Hélio Daher, sobre evasão escolar, volta às aulas e novo Ensino Médio. Segundo Daher, o Governo do Estado já tem o planejamento para a retomada das atividades presenciais e está preparado para uma eventual nova onda de transmissão da Covid-19.
Confira os principais momentos da entrevista. A versão completa está disponível no portal RCN67 apontando a câmera do seu celular para o QrCode ao lado.
Como está o calendário de retomada das aulas da rede estadual? A volta será presencial? Como o Governo se preparou para isso?
DAHER-Conforme estabelecido no calendário elaborado no finalzinho do ano passado, as aulas presenciais serão retomadas no dia 3 de março. As ferramentas para o ensino remoto permanecem opcionais, e se for necessário, o Estado pode adotar, mas todo planejamento hoje é pautado no retorno presencial. Os pais podem, então, fazer algum pedido caso algum motivo em especial para que essa criança continue acompanhando de casa. As escolas serão orientadas ao longo do mês de fevereiro, como fizemos no ano passado, sobre como proceder com cada caso. Aquele aluno que tiver que ficar afastado com licença médica, como já corria, na verdade, antes da Covid, poderá solicitar. A licença médica garante o recebimento das atividades em casa. O aluno cumpre em casa, vai funcionar da mesma maneira.
Existe a possibilidade da rede estadual exigir esse comprovante de vacinação dos alunos?
DAHER É muito bom esclarecer essa parte que é essencial. Sempre houve a exigência da carteira de vacinação para que a família comprove todas as vacinas que a criança recebeu ao longo da vida. Esse é um fluxo natural. A discussão hoje é com relação a cobrança da vacinação específica da Covid. Essa orientação, deve partir sempre do prosseguir, que é a instituição que faz essa discussão. Até o momento, essa discussão não está sendo feita. A gente está bem tranquilo com relação a isso. A gente sabe que o movimento em outros estados acaba levando esse questionamento. Aqui no nosso Estado, por enquanto, a permanência é apenas o fluxo natural e da cobrança da vacinação que sempre foi cobrada no período de matrícula.
O Governo fez um levantamento sobre possíveis perdas no aprendizado durante o período da pandemia. O que vocês têm de conclusão em relação a isso?
DAHER-A gente recorda que no início da pandemia já havia uma previsão de um dano severo à aprendizagem das crianças e dos jovens, haja vista que, apesar de todas forças da educação e permanecer um vínculo, o ensino remoto acaba deixando algo de lado. As pesquisas mais recentes apontam que, pelo menos, oito anos da aprendizagem desses jovens foram prejudicados. O Governo do Estado sempre esteve muito consciente dessa situação e lançou mão de diversas ferramentas ao longo do ano passado. Inclusive, da própria busca ativa, que começa um novo processo que a gente vem chamando de plano de recomposição da aprendizagem, que foca em várias ações para começar a resgatar tudo aquilo que o estudante deixou de desenvolver ao longo dos dois últimos anos de pandemia, inclusive, com material específico.