Os exames e cirurgias eletivas da nova fase da Caravana da Saúde, em Três Lagoas, podem sofrer atraso no início dos procedimentos por conta do aumento de síndromes gripais. A previsão era que os procedimentos que fazem parte do “Examina MS” e “Opera MS”, que visam reduzir a fila de espera na saúde pública de Mato Grosso do Sul, em Três Lagoas, começasse a ser realizados ainda neste mês.
Mas, devido ao aumento de profissionais da saúde que trabalham no Hospital Auxiliadora e que estão afastados com sintomas gripais, o início dos exames e procedimentos cirúrgicos podem sofrer atraso. Segundo o diretor Administrativo do Hospital, Marco Antônio Calderón, somente nos últimos dias, 20 funcionários se afastaram porque estão, ou tiveram contato com familiares que estão com a influenza.
Além de estrutura, o diretor informou que esses procedimentos necessitam de um grande aparato de profissionais. O Hospital Auxiliadora que foi contratado pelo governo do Estado e Município para fazer os procedimentos, tinha uma previsão de realizar de 150 a 200 cirurgias por mês, em um total de mais de mil exames e cirurgias que fazem parte da nova fase da Caravana da Saúde.
Até o final é previsto mais de 1000 procedimentos, sendo nas mais diversas especialidades, como: cirurgia geral (hérnia, vesícula), pequenas cirurgias, cirurgias ginecológicas e as cirurgias de otorrino (adenoide, amígdala).
Nesta semana, o governo do Estado anunciou a inclusão de novos procedimentos da nova fase da Caravana da Saúde, que são os exames de cateterismo, litotripsia e urodinâmica, além de operações de ortopedia.
A fila de pessoas aguardando por cirurgias eletivas aumentou em todo o Estado porque no início da pandemia da Covid-19, esses procedimentos foram suspensos, já que a prioridade era atender os pacientes com o novo Coronavírus. No ano passado, com a queda no número de casos de Covid, as cirurgias foram retomadas, mas em números reduzidos. Por isso, o governo do Estado lançou em dezembro a nova etapa da Caravana da Saúde.
O diretor do hospital informou que, o agendamento dos pacientes que vão fazer os exames e cirurgias é de responsabilidade da prefeitura, que ficou de definir um local para esse serviço.
Segundo Calderón, houve aumento de atendimento de pacientes com sintomas gripais no hospital, mas os casos de Covid e gripe, não refletem, neste momento, no aumento de internações. Até ontem, apenas dois pacientes estavam internados com Covid. “Houve aumento por atendimento, mas não por internações”, destacou.
O Hospital Auxiliadora mantém habilitados 10 leitos de UTI Covid e 10 leitos de UTI geral para atendimento de pacientes SUS, e mais 10 leitos de UTI para convênios. Segundo o médico infectologista e diretor técnico do hospital, Delso Nascimento, no momento, a situação em relação a ocupação é tranquila, uma vez que, conforme ele, os pacientes com gripe e Covid apresentam sintomas leves porque foram vacinados.