O infectologista Julio Croda, pesquisador da Fiocruz e da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), informou que as comunidades científica e médica aumentaram a preocupação com o baixo índice de vacinação da população.
Croda ganhou notoriedade nacional durante a pandemia da Covid-19, por trabalhos desenvolvidos no combate ao vírus Sars-Cov-2, principalmente na elaboração de protocolos e diretrizes para o enfrentamento da doença no país. O infectologista também coordenou estudos epidemiológicos para entender a disseminação do vírus e a eficácia das medidas de controle.
Em entrevista ao Jornal CBN Campo Grande, nesta quinta-feira (24), ele revelou que crianças não vacinadas ou com o ciclo de vacinação interrompido correm sérios riscos de contaminação por doenças graves que poderiam ser controladas e/ou evitadas. Uma delas é a coqueluche, que nunca foi erradicada no país, como muitos pensam, mas estava sob controle devido aos altos índices de vacinação registrados anteriormente.
Em Mato Grosso do Sul a situação é considerada crítica devido ao grande fluxo de imigrantes e pela proximidade com a Bolívia, país que enfrenta um surto da doença.
O pesquisador também alertou para o risco do sarampo e da polio, outras doenças que também podem levar à morte, principalmente crianças, idosos e pessoas com doenças autoimunes ou outras comorbidades.
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