Após o fim da greve dos bancários que durou 22 dias, ontem foi a vez dos clientes enfrentarem enormes filas para colocar contas e pagamentos em dia. O tumulto foi grande em todos os bancos de Três Lagoas, mas a situação mais complicada foi registrada nas agências da Caixa Econômica Federal, do Santander e do HSBC. Nas duas primeiras, as filas se estenderam ao longo das calçadas onde essas agências estão instaladas.
As pessoas ficaram expostas ao sol e reclamavam do calor.
Uma senhora que estava na fila aguardando a reabertura da Caixa Econômica Federal desmaou. Os clientes tentavam se proteger do sol das mais variadas formas. Alguns foram mais preparados e levaram sombrinhas, bonés e chapéu, outros utilizavam pasta de documentos ou papéis que estavam nas mãos para tentar se esconder do sol e minimizar o calor.
Na opinião de Maria Lúcia de Oliveira, os bancos deveriam ter reaberto mais cedo, ou distribuírem senhas para evitar que os clientes ficassem tanto tempo na fila e no sol. “Já que eles [bancários] ficaram 22 dias em greve, deveriam abrir mais cedo as agências”, frisou.
Moradora do Santa Terezinha, Alexandra Pompeu, também reclamou da fila e disse que as agências deveria ter reaberto mais cedo, já que era prevista a quantidade de clientes que estariam procurando os bancos. “A gente não tem nada haver com a greve dos bancários e somos obrigados a enfrentar essa fila enorme, além de ficar expostos ao sol”, salientou.
SINDICATO
Para a presidente do Sindicato dos bancários de Três Lagoas, Thelma Regina Canisso, essa situação nas agências bancárias é considerada normal e deve ser regularizada normalizada ainda no decorrer da semana.
Na manhã de ontem, o sindicato dos bancários realizou assembleia eu decidiu acatar a proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e encerrar a greve, conforme orientação do Comando Nacional dos Bancários.
Para Telma , presidente do sindicato dos bancários de Três Lagoas a grave foi importante para que os bancários conseguissem melhorias salariais.
Os bancários terão reajuste de 8% sobre os salários e as verbas serão majoradas em 8,5% sobre o piso salarial (ganho real de 2,29%) e 10% sobre o valor fixo da participação nos lucros e resultados. A proposta também eleva de 2% para 2,2% o lucro líquido a ser distribuído linearmente na parcela adicional dos lucros.