O depósito de materiais inservíveis da construção civil, o “buracão” da Vila Piloto, localizado às margens da rua Egídio Thomé, não está recebendo esses matérias porque segundo informações de catadores de materiais recicláveis que trabalham no local, o maquinário que empurra esses entulhos para dentro do buracão está quebrado e até o momento a Prefeitura não providenciou outro para executar o serviço. Em razão disso, a área já não comporta receber mais os entulhos, que estão sendo esparramados por todo o terreno. A previsão é de que a partir de hoje nenhum caçambeiro despeje os restos de materiais da construção civil, assim como galhadas e demais objetos nesse espaço que foi destinado para essa finalidade.
A preocupação dos catadores que ali trabalham é que a partir de hoje eles não terão mais nada para recolher. Eles informaram ao Jornal do Povo, que dependem da venda desses materiais recicláveis para sobreviverem e que cada um ganha em média R$ 700, por mês.
O secretário do Meio Ambiente, Milton Gomes Silveira, disse que a empresa vencedora da licitação entregou a máquina errada, por isso o processo licitatório foi cancelado, e aberto um novo para a compra de outro maquinário. Enquanto se aguarda a conclusão desse processo, foi solicitada ao Departamento de Licitação a contratação de uma empresa para fornecer um maquinário pelo período de quatro meses até que a Prefeitura adquira a própria máquina para fazer o serviço diariamente.
Silveira informou, que se a partir de hoje o “buracão” no fundo da Vila Piloto será interditado, provisoriamente, até que se adquira a máquina e os caçambeiros terão que destinar os entulhos para o aterro sanitário da cidade. Entretanto, eles terão que pagar uma taxa, já que o aterro é mantido pelo poder público municipal.
O Jornal do Povo constatou ainda, que o local não está funcionando como deveria, ou seja, para o recebimento de restos da construção civil, mas sim como um “lixão”, já que todo tipo de lixo é despejado no local sem qualquer fiscalização. Além do aspecto negativo que causa ao meio ambiente, moradores da Vila Piloto e pessoas que trabalham nas imediações, sofrem com a fumaça e mau cheiro do local.
A reportagem encontrou caminhões retirando terra do buracão. Mas, o secretário de Meio Ambiente, informou que a Prefeitura autorizou a retirada de alguns caminhões de terra para atender a uma cooperativa que está sendo implantada no município. Ele disse que Três Lagoas não possui um local licenciado para a retirada de terra e por esse motivo, como forma de incentivar essa cooperativa, entendeu-se que certa quantidade de terra poderia ser retirada dessa área que já é degradada.
