Veículos de Comunicação

10

Campanha de vacinação contra a gripe termina nesta sexta-feira

Campanha foi prorrogada para atingir a meta de vacinar 80% das pessoas vulneráveis às complicações da gripe

Meta é vacinar, pelo menos, 80% do público prioritário, formado por 49,7 milhões de pessoas - Divulgação
Meta é vacinar, pelo menos, 80% do público prioritário, formado por 49,7 milhões de pessoas - Divulgação

A Campanha de Vacinação contra Gripe termina nesta sexta-feira, 5. Balanço do Ministério da Saúde indica que, até esta terça-feira, 2, foram vacinados 34 milhões de brasileiros, o que corresponde a 68,5% do público-alvo. A meta é vacinar, pelo menos, 80% do público prioritário, formado por 49,7 milhões de pessoas, consideradas com mais riscos de desenvolver complicações causadas pela doença.

Até o momento, o único grupo que já atingiu a meta é o das puérperas (45 dias após o parto), com 357,7 mil de mulheres vacinadas (88%). O segundo grupo com maior cobertura é o dos idosos, com 15,2 milhões de doses aplicadas (73%). Em seguida estão os trabalhadores da saúde, com 2,7 milhões de vacinados (67,9%); crianças de seis meses a menores de cinco anos, com 8,1 milhões de doses (64,4%); as gestantes, com 1,3 milhões de doses aplicadas (60,3%). Entre os indígenas, foram 363,2 mil vacinados (60%). Além do grupo prioritário, também foram aplicadas 5,8 milhões de doses nos grupos de pessoas com comorbidade, população privada de liberdade e trabalhadores do sistema prisional.

Apenas quatro estados já atingiram a meta: Amapá (86,8%), Paraná (81,5%), Espírito Santo (80,68%) e Santa Catarina (80,65%). Entre as regiões do país, a maior cobertura de vacinação foi no Sul, com 4,7 milhões de doses administradas, o que representa 79,6% do público-alvo. A 17ª Campanha Nacional de Vacinação Contra a Gripe teve início em 4 de maio, com previsão de encerramento no dia 22 de maio. Para atingir a meta de imunizar 80% do público-alvo, o Ministério da Saúde prorrogou a campanha até 5 de junho.

A definição dos grupos prioritários segue a recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS), além de ser respaldada por estudos epidemiológicos e pela observação do comportamento das infecções respiratórias. São priorizados os grupos mais suscetíveis ao agravamento de doenças respiratórias.

A vacina disponibilizada pelo Ministério da Saúde em 2015 protege contra os três subtipos do vírus da gripe determinados pela OMS para este ano (A/H1N1; A/H3N2 e influenza B). A vacina contra influenza é segura e também é considerada uma das medidas mais eficazes na prevenção de complicações e casos graves de gripe. Estudos demonstram que a vacinação pode reduzir entre 32% e 45% o número de hospitalizações por pneumonias e de 39% a 75% a mortalidade por complicações da influenza.

Como o organismo leva, em média, de duas a três semanas para criar os anticorpos que geram proteção contra a gripe após a vacinação, o ideal é realizar a imunização antes do início do inverno. O período de maior circulação da gripe vai do final de maio até agosto.

Para receber a dose, é importante levar o cartão de vacinação e o documento de identificação. As pessoas com doenças crônicas ou com outras condições clínicas especiais também precisam apresentar prescrição médica especificando o motivo da indicação da vacina. Pacientes cadastrados em programas de controle das doenças crônicas do Sistema Único de Saúde (SUS) deverão se dirigir aos postos em que estão registrados para receberem a dose, sem necessidade de prescrição médica.

PREVENÇÃO – A transmissão dos vírus influenza ocorre pelo contato com secreções das vias respiratórias que são eliminadas pela pessoa contaminada ao falar, tossir ou espirrar. Também ocorre por meio das mãos e objetos contaminados, quando entram em contato com mucosas (boca, olhos, nariz). À população em geral, o Ministério da Saúde orienta a adoção de cuidados simples como medida de prevenção, tais como: lavar as mãos várias vezes ao dia; cobrir o nariz e a boca ao tossir e espirrar; evitar tocar o rosto e não compartilhar objetos de uso pessoal.

Em caso de síndrome gripal, a recomendação é procurar um serviço de saúde o mais rápido possível. A vacina contra a gripe não é capaz de eliminar a doença ou impedir a circulação do vírus. Por isso, as medidas de prevenção são tão importantes, particularmente durante o período de maior circulação viral, entre os meses de junho e agosto.

Também é importante lembrar que, mesmo pessoas vacinadas, ao apresentarem os sintomas da gripe – especialmente se são integrantes de grupos mais vulneráveis às complicações – devem procurar, imediatamente, o serviço médico. Os sintomas da gripe são: febre, tosse ou dor na garganta, além de outros, como dor de cabeça, dor muscular e nas articulações. Já o agravamento pode ser identificado por falta de ar, febre por mais de três dias, piora de sintomas gastrointestinais, dor muscular intensa e prostração.

REAÇÕES ADVERSAS – Após a aplicação da vacina pode ocorrer, de forma rara, dor no local da injeção, eritema e enrijecimento. São manifestações consideradas comuns, cujos efeitos costumam passar em 48 horas.  A vacina é contraindicada para pessoas com história de reação anafilática prévia em doses anteriores ou para pessoas que tenham alergia grave relacionada a ovo de galinha e seus derivados. É importante procurar o médico para mais orientações.

Total de doses aplicadas (exceto em pessoas com comorbidades, população privada de liberdade e trabalhadores do sistema prisional)

Estado

Total – 2 DE JUNHO

População prioritária

Doses aplicadas

Cobertura vacinal (%)

RONDONIA

300.828

203.313

67,58

ACRE

170.051

86.225

50,71

AMAZONAS

857.933

675.984

78,79

RORAIMA

146.408

83.405

56,97

PARA

1.479.953

991.106

66,97

AMAPA

138.071

119.937

86,87

TOCANTINS

289.772

215.043

74,21

NORTE – TOTAL

3.383.016

2.375.013

70,2

MARANHAO

1.384.208

963.590

69,61

PIAUI

641.840

351.170

54,71

CEARA

1.762.872

1.055.886

59,9

RIO GRANDE DO NORTE

666.632

430.848

64,63

PARAIBA

850.986

600.732

70,59

PERNAMBUCO

1.882.286

1.120.796

59,54

ALAGOAS

640.516

481.391

75,16

SERGIPE

408.627

279.276

68,34

BAHIA

2.899.055

1.772.662

61,15

NORDESTE – TOTAL

11.137.022

7.056.351

63,36

MINAS GERAIS

4.099.373

3.100.011

75,62

ESPIRITO SANTO

716.729

578.258

80,68

RIO DE JANEIRO

3.619.929

2.399.813

66,29

SAO PAULO

8.964.148

5.888.729

65,69

SUDESTE – TOTAL

17.400.179

11.966.811

68,77

PARANA

2.231.301

1.818.390

81,49

SANTA CATARINA

1.261.543

1.017.486

80,65

RIO GRANDE DO SUL

2.513.420

1.945.160

77,39

SUL – TOTAL

6.006.264

4.781.036

79,6

MATO GROSSO DO SUL

577.761

382.592

66,22

MATO GROSSO

614.122

358.926

58,45

GOIAS

1.207.592

914.508

75,73

DISTRITO FEDERAL

498.302

368.706

73,99

CENTRO-OESTE – TOTAL

2.897.777

2.024.732

69,87

TOTAL

40.824.258

28.203.943

69,00