A campanha nacional de vacinação contra a poliomielite, a Paralisia Infantil como é popularmente conhecida, começa nesta segunda-feira (8), em todo o país. Em Mato Grosso do Sul a expectativa é imunizar mais de 160 mil crianças menores de 5 anos.
Na última campanha com dados disponíveis pelo sistema Datasus, realizada em 2020, a cobertura vacinal no estado ficou abaixo da meta, quando foram vacinadas pouco mais de 132 mil crianças nessa faixa etária.
A maior preocupação do setor é quanto à possibilidade de que a doença volte a registrar casos no país. A poliomielite provoca sequelas graves, com risco de evoluir para o óbito e também pode ocorrer em adultos.
Em Campo Grande os dados do Ministério da Saúde revelam que na campanha de 2020 somente 60% das crianças receberam as doses. “A única forma de garantirmos que não teremos novos casos desta doença é através da vacinação”, completa o secretário municipal de saúde da capital, José Mauro Filho.
Já para a atualização das vacinas de rotina, de forma geral, o público-alvo são os menores de 15 anos. Em ambos os casos, não há necessidade de guardar intervalo em relação à vacina contra a covid-19.
A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) destaca que o engajamento da população é fundamental para o Brasil se manter livre de doenças que podem levar à morte ou deixar sequelas. A orientação é comparecer as Unidades Básicas de Saúde (UBS).
PREVENÇÃO
A poliomielite não tem tratamento específico. A doença deve ser evitada tanto através da vacinação como de medidas contra doenças transmitidas por contaminação fecal de água e alimentos. As más condições habitacionais, a higiene pessoal precária e o elevado número de crianças numa mesma habitação também são fatores que favorecem a transmissão da poliomielite.
Logo, programas de saneamento básico são essenciais para a prevenção da doença. No Brasil, a vacina é dada rotineiramente nos postos da rede municipal de saúde e durante as campanhas nacionais de vacinação.
A imunização contra a poliomielite deve ser iniciada a partir dos 2 meses de vida, com mais duas doses aos 4 e 6 meses, além dos reforços entre 15 e 18 meses e aos 5 anos de idade.
Vacina inativada injetável (VIP) – É aplicada na rotina de vacinação infantil, aos 2, 4 e 6 meses, com reforços entre 15 e 18 meses e entre 4 e 5 anos de idade. Na rede pública as doses, a partir de um ano de idade, são feitas com VOP.
Vacina atenuada oral (VOP) – Na rotina de vacinação infantil nas Unidades Básicas de Saúde, é aplicada nas doses de reforço dos 15 meses e dos 4 anos de idade e em campanhas de vacinação para crianças de 1 a 4 anos.
(Fontes: Ministério da Saúde e Fiocruz)
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