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Câncer de mama: 124 pacientes estão em tratamento

Em 2023, 20 mulheres foram diagnosticadas com câncer de mama

Em 2023, 20 mulheres foram diagnosticadas com câncer de mama. - Divulgação/Agência Brasil
Em 2023, 20 mulheres foram diagnosticadas com câncer de mama. - Divulgação/Agência Brasil

O câncer de mama é a neoplasia maligna que mais acomete mulheres no mundo. O risco estimado, segundo o Ministério da Saúde, é de 62 casos a cada 100 mil mulheres no Brasil. Os sintomas mais comuns são: o surgimento de um caroço no seio, inchaço, vermelhidão, sangramento e o aspecto da mama que passa a ficar como uma “casca de laranja”. O autoexame, que é através do toque, pode auxiliar a identificar estes sintomas de forma precoce.

A realização de exames também deve estar em dia, principalmente, a mamografia, que está disponível para mulheres a partir de 45 anos, através da Clínica da Mulher, em Três Lagoas. Em 2023, 20 pacientes foram diagnosticadas com este tipo de câncer no município. A incidência mais comum é em mulheres de mais idade, a partir dos 50 anos. Fatores como obesidade, sedentarismo e uma alimentação desprovida de nutrientes ricos em vitaminas contribuem para um maior risco.

Porém, de acordo com a oncologista Taciana Gasparini, estudos científicos têm apontado o surgimento de casos em mulheres mais jovens. “Estamos tendo casos em pacientes menores de 40 anos, e normalmente já abre o quadro em estado mais avançado”, disse.

A pensionista Andréia Oliveira faz parte dessa lista. Ela descobriu o câncer há 1 ano e, desde então, faz o tratamento pelo SUS. A descoberta ocorreu no início, através do autoexame quando detectou um nódulo endurecido na mama. Foi a partir daí que decidiu procurar o atendimento médico. “Eu fiquei sem chão. A primeira pergunta que eu fiz foi: ‘Meu cabelo vai cair?’. Eu lembro que eu tive que sair da sala para respirar, sentei lá fora e chorei”

Uma das principais queixas das mulheres que passam por esta doença é a baixa autoestima. “De início, me abalou. Eu tinha um cabelo longo, loiro. Depois eu fui pesquisando como usar lenço, o que amenizou um pouco. Mas, não é só o cabelo, cai cílios, sobrancelha. A gente fica inchada. Mexe muito com a mulher”, disse Andréia. 

Hoje, Andréia é atendida pela Rede Feminina de Combate ao Câncer e faz o acompanhamento psicológico e participa de outras atividades desenvolvidas pela entidade. A cada dia que passa, ela já está mais perto de realizar a cirurgia para a retirada do tumor, marcada para dezembro. “Eu não vejo a hora desse momento chegar, só assim eu vou conseguir me sentir livre”, finalizou.

O Hospital Auxiliadora é referência no tratamento contra o câncer de mama em Três Lagoas. Atualmente, 124 pacientes estão sendo assistidas pela instituição filantrópica, que recebe pacientes de toda a Costa Leste do Estado.