Três Lagoas, com 109.633 habitantes, é o sexto município mais rico de Mato Grosso do Sul, considerando a renda per capita da população. Os dados são do Instituto de Geografia e Estatísticas (IBGE) divulgados na última terça-feira. No município, cada morador recebe, por ano, em média, R$ 30.112,10, o equivalente a aproximadamente R$ 2.500 por mês.
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Chapadão do Sul, que possui 21.257habitantes, aparece em primeiro lugar no ranking dos municípios com melhor renda per capita da população. De acordo com os dados do IBGE, no município, cada morador recebe, por ano, em média R$ 40.105,80, o equivalente a R$ 1.800 mensalmente por morador.
Corumbá, a quarta maior cidade do Estado, com 107.347 habitantes, apresenta a segunda maior renda per capita entre os 79 municípios, com média anual de R$ 34.536,99 por habitante. Costa Rica, com 18.835 moradores, aparece em terceiro lugar na tabela, com uma renda per capita anual de R$ 32.632,41 por morador.
O município de São Gabriel do Oeste, com 24.035 habitantes, configura como o quarto mais rico, entre os 79 municípios de Mato Grosso do Sul. Na cidade, cada morador recebe, por ano, em média, R$31.381,79. Laguna Carapã, com 6.851 habitantes, aparece em quinto lugar com uma renda per capita anual por morador de R$ 30.223,55.
Dourados, o segundo maior município do Estado, com 207.498 habitantes, é 18º da lista, com renda per capita anual de R$ 21.862,23, o equivalente a R$ 1.821,85 por mês. Campo Grande, 832.352 habitantes, aparece em 25º lugar na lista dos municípios com maior renda per capital de Mato Grosso do Sul. Na capital, cada morador recebe R$ 19.754,42 por ano, o equivalente a R$ 1.646,2 por mês.
Japorã, com 8.228 habitantes, é município de Mato Grosso do Sul com menor renda per capita. Na cidade, cada morador recebe por ano, em média, R$ 6.494,63, o equivalente a R$ 541, 21 por mês.
DADOS
Para o geógrafo e diretor de Turismo da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Otoni Ávila Ornelas, os dados divulgados pelo IBGE, não deixam de ter a sua importância, porque baliza o que o município produz e gera de economia. De acordo com ele, para se ter a média da renda per capita de cada município, o IBGE soma os dados da arrecadação do Produto Interno Bruto (PIB) de um período e divide pelo número de habitantes.
Entretanto, segundo Otoni, esses dados não medem a qualidade de vida da população. Para ele, dizer que esse dinheiro todo está nas mãos de todos os habitantes seria uma ilusão, já que vivemos em um país capitalista, onde existem indústrias que movimentam milhões, assim como os pecuaristas que têm suas fortunas. “Mas, quando é divido a arrecadação do PIB com o número de habitantes dá essa margem que é divulgada , porém nem sempre conseguimos ter esse dinheiro no bolso. Entretanto, não deixa de ser interessante porque desde que acompanho esses dados, o PIB [per capita anual por morador de Três Lagoas] era de R$ 17 mil, hoje ultrapassa R$ 30 mil. Isso significa que a renda do município está crescendo cada vez mais, mesmo com o crescimento vertiginoso da população. Ou seja, é bom lembrar que, cada vez que população cresce mais pessoas terão para dividir o total dessa riqueza” explicou.
O diretor de Indústria e Comércio da Prefeitura, Diógenes Marques, destacou que, um dado interessante em relação à renda per capita divulgada pelo IBGE, mostra que, entre as grandes cidades, Três Lagoas fica atrás apenas de Dourados e Corumbá.
UFMS
Para a professora de geografia da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Edima Aranha, no caso de Três Lagoas, há o aumento de arrecadação do município, por parte das empresas, mas não são todos que tem renda anual acima de 30 mil reais. De acordo com ela, muitos recebem salario mínimo e muitos outros nem essa renda tem. “O PIB é indicador econômico e não social.Não podemos considerar que um município com bom desempenho no PIB per capita, tenha uma população que não goze de excelente padrão de vida, como acesso pleno a saúde pública, saneamento, educação, moradia e transporte com equidade, sem contar que existe concentração de renda”, destacou.
Box:
No Centro-Oeste, Três Lagoas tem o 14º maior PIB
Três Lagoas tem o 14º maior Produto Interno Bruto (PIB), que é soma de total das riquezas do município, da região Centro-Oeste, e o quarto de Mato Grosso do Sul. Os dados são referentes ao levantamento de 2011, porém divulgados na última terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O PIB de Três Lagoas somou R$ 3,1 bilhões, em 2011.
Campo Grande tem o 3º maior PIB da região Centro Oeste e o primeiro de Mato Grosso do Sul.O PIB da Capital somou R$ 15,722 bilhões em 2011. Dourados, segunda maior cidade do Estado, tem um PIB de R$ 4,3 bilhões, ficando em 10º no Centro Oeste e, em segundo lugar no Estado.
Corumbá apareceu em 13º lugar no Centro-Oeste e, em terceiro lugar em Mato Grosso do Sul, com um PIB de R$ 3,6 bilhões. Em quarto lugar no Estado aparece Três Lagoas, que ficou em 14º no Centro-Oeste. E, Ponta Porã, em quinto lugar no Estado e, em 28º lugarno Centro-Oeste, com um PIB em R$ 1,1 bilhão.
Entre os PIB do agronegócio, Mato Grosso do Sul tem seis municípios entre os 100 maiores do País. A melhor colocação foi obtida por Maracaju, com R$ 322,7 milhões, ficando em 34º no País. Rio Brilhante, com um PIB de R$ 266,2 milhões ficou em 46º, Dourados, com R$ 258,2 milhões, em 51º. Costa Rica, com um PIB de R$ 235 milhões, ficou em 65º, Corumbá com R$ 227,8 milhões, em 72º, e Ponta Porã, com R$ 214,9 milhões, em com 83º.
