O Ministério da Saúde divulgou nessa semana dados preliminares dos casos de hanseníase no país. O governo identificou no ano passado 24.612 novos casos, o número representa uma queda em relação a 2013. Em Três Lagoas, no entanto, houve aumento na incidência de casos comparado ao mesmo período.
No ano passado, a Secretaria de Saúde diagnosticou 26 novos casos, sendo que a incidência até o dia 31 de dezembro foi de 23,5 por cada 100 mil habitantes e a prevalência de 15,5 a cada 100 mil habitantes.
Em 2013, foram registrados 23 novos casos, incidência de 22 por cada 100 mil habitantes e a prevalência de 17 a cada 100 mil pessoas.
Apesar de o número de casos no Brasil representar uma queda em relação aos casos identificados em 2013, o dados indicam um ligeiro aumento da prevalência de casos a cada 10 mil habitantes: de 1,42 casos nesse universo para 1,56.
O Centro de Especialidades Médicas de Três Lagoas (CEM), conta com o Programa Municipal de Hanseníase e Tuberculose, no local são realizadas constantes ações de orientação e treinamentos, de como identificar a doença e para onde encaminhar os pacientes com suspeita da doença. Essas ações são voltadas, principalmente, para os agentes de saúde que atuam nos postos de Estratégia de Saúde da Família.
DOENÇA
A hanseníase é uma doença crônica, infectocontagiosa, cujo principal agente etiológico é o Mycobacterium leprae (M. Leprae). Esse bacilo tem a capacidade de infectar grande número de indivíduos, no entanto poucos adoecem. A doença atinge pele e nervos periféricos podendo levar a sérias incapacidades físicas. A hanseníase é uma doença de notificação compulsória em todo o território nacional e de investigação obrigatória.
O Tratamento da doença é eminentemente ambulatorial, realizo no Departamento de Hanseníase e Tuberculose, no CEM de Três Lagoas, segundo a recomendação da OMS e Ministério da Saúde, mediante esquema terapêutico a poliquimioterapia – PQT, uma associação de Rifampicina, Dapsona e Clofazimina, na apresentação de blíster. Essa associação evita a resistência medicamentosa do bacilo que ocorre, com frequência, quando se utiliza apenas um medicamento, impossibilitando a cura da doença. É administrada através de esquema padrão, de acordo com a classificação operacional do doente.
CAMPANHA
Nesta quarta-feira, 14 o Ministério da Saúde lançou a campanha nacional de luta contra a doença. Com o slogan "Quanto antes as pessoas descobrirem, mais cedo vão se curar" presente em cartazes, folhetos para profissionais da saúde e informações via internet.
No Brasil a doença concentra-se nos estados de Mato Grosso, Maranhão, Tocantins, além de grande concentração na borda externa da região amazônica e alguns estados nordestinos.
META
A Organização Mundial da Saúde (OMS) acordou uma meta com os países para chegar a menos de um caso para o grupo de 10 mil pessoas. A partir desse patamar, o entendimento é que a doença esteja sob controle. Essa meta foi inicialmente projetada para o ano 2000.