O cenário de baixa internação de casos graves de covid-19 em Corumbá mudou neste período de final de ano, a uma semana do Natal. No último boletim divulgado pela Prefeitura de Corumbá, a taxa de ocupação chegou a 50%, com 5 pessoas internadas no setor. Desde outubro até o começo de dezembro, a ocupação de leitos de UTI Covid seguia baixa, inclusive com semanas transcorrendo sem internação.
Só na sexta-feira (17), houve o diagnóstico de 24 casos positivos de covid-19, enquanto em outros dias esse número ficava na média de 10 casos. A média móvel de registros sofreu aumento no período de uma semana. Dados da Prefeitura apontam que em 13 de dezembro esse índice estava em 9 e nesta segunda-feira (20) passou para 13.
Neste final de ano, a Prefeitura de Corumbá não definiu protocolo para aumentar a fiscalização na região de fronteira para combater a covid-19. Nesse período, o número de pessoas que atravessam a cidade é tradicionalmente maior. Há bolivianos que viajam de São Paulo para Corumbá. O fluxo contrário também existe. Além disso, há uma outra forma de movimentação nessa região de fronteira que é a de bolivianos levando diversos produtos para a cidade de São Paulo. Nesses casos, esse trânsito de pessoas acaba sendo constante até o Natal, entre idas e vindas. Algumas vezes, essas viagens acabam acontecendo em ônibus clandestinos, inclusive.
A pandemia em Corumbá atinge principalmente pessoas com idade de 31 e 40 anos (23% dos infectados até hoje). A outra faixa etária atingida é de 41 a 50 anos (18%).
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Desde quando começou os casos, Corumbá já registrou 16.007 pessoas infectadas e 473 já morreram.
Apesar desse aumento de casos mais graves, em que foi preciso internação na UTI, o número de mortes na cidade segue estabilizado. O último óbito registrado em Corumbá foi de uma mulher de 36 anos, ocorrido no dia 30 de novembro.
A vacinação na região de fronteira com a Bolívia apresenta altos índices de imunização. Para o público entre 12 e 17 anos, 80,94% já receberam as duas doses. Na faixa dos 18 aos 59 anos, essa porcentagem está em 84,21%. As pessoas com 60 anos ou mais têm mais de 98% de cobertura vacinal completada.
