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Destinação Correta

Cerca de 50% dos produtores não dão a destinação correta para embalagens de agrotóxicos

Pela legislação federal, essas embalagens não podem mais ser enterradas e nem estocadas, como ocorria antigamente

Posto de Embalagens Vazias de Agrotóxicos, localizado à rua Egídio Thomé, em Três Lagoas  - Ana Cristina Santos/JP
Posto de Embalagens Vazias de Agrotóxicos, localizado à rua Egídio Thomé, em Três Lagoas - Ana Cristina Santos/JP

Cerca de 50% dos produtores rurais de Três Lagoas e região ainda não dão a destinação correta para as embalagens plásticas vazias de defensivos agrícolas. Pela legislação federal (Lei° 9.974/2000 e o Decreto Federal n° 4.074/2002) essas embalagens não podem mais ser enterradas e nem estocadas, como ocorria antigamente.

Ainda assim, nem todos os fazendeiros de Três Lagoas e região entregam esses produtos no Posto de Embalagens Vazias de Agrotóxicos, localizado à rua Egídio Thomé, em uma área próximo ao Cinturão Verde.

O posto de recebimento dessas embalagens é mantido pela Associação Três-Lagoense de Revendas Agrícolas- criada em junho de 2004, por três lojas agropecuárias da cidade (Camda, Alvorada e Viacampus) e pelo Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (Inpev) – entidade sem fins lucrativos criada pela indústria fabricante de defensivos agrícolas para gerir a destinação das embalagens vazias de seus produtos.

De acordo com o presidente da associação, Bruno Eduardo de Oliveira, desde 2010 houve um crescimento na entrega dessas embalagens em razão da fiscalização da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro), bem como devido à própria conscientização dos produtores rurais. “O volume de papelão, de baldes e sacos plásticos têm aumentado aqui no depósito. Temos 13 lojas associadas na região e, estimamos que 50% das vendas de agrotóxicos na região são destinadas à devolução correta”, comentou.

Ainda segundo Bruno, é importante dar a destinação correta para essas embalagens, já que sempre sobram resíduos do agrotóxico, prejudicando o meio ambiente. “Antes desta lei, o produtor dava a destinação por conta própria, queimava, jogava às margens dos rios, ou enterrava. Devolvendo ao posto, tem todo um sistema que é recolhido a central, onde é feita a prensa, depois enviada para incineração, e outras embalagens acabam virando outros produtos”, destacou.