Há pelo menos dois meses os pacientes diabéticos Tipo 1 de Três Lagoas que fazem uso de insulina estão sem conseguir retirar seringas e agulhas distribuídas gratuitamente pela rede pública. Uma dessas pessoas é a dona de casa Sheila Aparecida Dias, 39 anos, moradora do bairro Vila Haro.
A falta do material estaria comprometendo o tratamento de aproximadamente 975 pessoas, conforme dados repassados pela Secretaria Municipal de Saúde, referente ao número de pacientes cadastrados que retiram a insulina nos pólos centrais farmacêuticos, embora não são todos os cadastrados que fazem a retirada regularmente dos kits. A prefeitura faz a compra mensal de cerca de 39 mil kits.
A beneficiada afirma que tem ido até o posto de saúde do seu bairro, mas nunca consegue o material. “Estou sem tomar a insulina, porque não tenho condições de comprar as seringas. Falei para os funcionários da farmácia do posto, mas eles dizem que não sabem quando vai chegar e preciso comprar”, revelou a dona de casa.
A reportagem do JPNews entrou em contato com três postos de saúde do município responsáveis pela distribuição dos materiais e, além de confirmarem a carência dos itens, ainda informaram que a falta ocorre a aproximadamente dois meses, sem previsão para o retorno da distribuição.
A informação de Sheila, de que os funcionários desta farmácia orientam os pacientes a comprarem as seringas e agulhas, também foi confirmada pela reportagem, durante essas ligações telefônicas.
Um das responsáveis pela farmácia de uma unidade de saúde pública municipal comentou que na quarta-feira, 15, chegou a fazer pedidos de medicamentos e materiais como seringas e agulhas para insulina. Conforme ela, todas as encomendas chegaram, menos as seringas e agulhas.
A Prefeitura de Três Lagoas não informou desde quando ocorre a carência dos materiais, mas informa que, por meio da Secretaria Municipal de Saúde já fez a solicitação para compra de mais materiais e, que a equipe competente está cobrando a empresa responsável que presta o devido serviço.
O Poder Público limitou-se a firmar que pretende retomar a distribuição o mais breve possível, sem dar previsão de data.
A prefeitura não respondeu sobre o questionamento de que os usuários estariam sendo orientados a comprar seringas e agulhas, enquanto não é normalizada a distribuição. Disse apenas que quando o material acaba, a equipe já realiza o pedido de compra de um novo montante para ser reposto.
PÓLOS FARMACÊUTICOS
A distribuição de medicamentos é feitas em seis pólos farmacêuticos: Centro de Especialidades Médicas (CEM) – Avenida Clodoaldo Garcia, nº 280; Joel Neves da Silva – Estratégia de Agentes Comunitários de Saúde (E.A.C.S) – Rua Pelópedes Gouveia, s/n, Parque São Carlos; Estratégia de Agentes Comunitários de Saúde (E.A.C.S)- Eurídice Chagas Cruz – Rua Bernardino Mendes, nº 258, Santa Luzia; Clínica da Criança – Clínica de Pediatria e Ortopedia Carlos Azambuja Leão Junior – Rua Egídio Thomé, s/n, Bairro JK; Estratégia de Agentes Comunitários de Saúde (E.A.C.S)Vila Alegre – Rua Bernardino Rodrigues Montalvão, nº 3725, Bairro Vila Alegre; e Estratégia de Saúde da Família – (ESF) – Rua José Lopes Sejópoles, nº 985, Paranapungá.