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Polêmica

Cercamento da Lagoa Maior volta a ser discutido

Cercamento da lagoa é um assunto delicado, diz biólogo

cercamento é um assunto delicado, diz biólogo - Divulgação
cercamento é um assunto delicado, diz biólogo - Divulgação

O possível cercamento da Lagoa Maior, em Três Lagoas, tem sido discutido pela Secretaria do Meio Ambiente com os órgãos ambientais da cidade. Esse é um assunto que constantemente volta a ser alvo de questionamentos quando acontece alguma ocorrência envolvendo os animais que habitam a lagoa.  

Em 2021, a juíza Aline Beatriz de Oliveira Lacerda, da Vara de Fazenda e Registros públicos de Três Lagoas, determinou o cercamento da 2ª e 3ª Lagoa da cidade.

De acordo com a decisão, o cercamento deveria obedecer, no mínimo, os 30 metros de área de preservação permanente, nascentes e córregos, estabelecendo-se a cota máxima das águas para o local.

A decisão da juíza foi embasada em uma ação civil pública movida pelo promotor de Justiça do Meio Ambiente, Antônio Carlos Garcia de Oliveira, contra o município e a Sanesul, visando a preservação das lagoas.

Na ação, uma série de medidas foram solicitadas visando a recuperação e preservação das três lagoas.

No entanto, a juíza acatou parcialmente a ação, mas a prefeitura recorreu da decisão.
Segundo o biólogo da Secretaria do Meio Ambiente, Flávio Fardim, o cercamento da Lagoa Maior é um assunto delicado. “A partir do momento em que cerca, é preciso ter vigilância, áreas de estacionamento para deixar as bicicletas. Então, esse momento não está em planejamento”, comentou.

O professor de Zoologia da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), José Ragusa Netto, diz que o cercamento da Lagoa Maior é algo que precisa ser muito bem estudado e discutido com a sociedade. “Se nós nos educarmos bastante, talvez não precise, mas se for uma medida para evitar acidentes, poderia até ocorrer”, disse.