As chances de vida de um bebê prematuro que precise ser reanimado após o parto são baixas, segundo especialistas. A neonatologista Maria Cláudia Mourão explica que, em casos como o do bebê que teria ressuscitado cinco horas depois do nascimento, em Campo Grande, a equipe médica segue alguns procedimentos. "Muitos bebês precisam de reanimação. A gente tem um limite de tentativas de reanimação. 450 gramas é uma chance de vida muito baixa. Às vezes o bebê pesa pouco mas é mais velho do que parece. Ser mais velho e com menos peso, traz uma sobrevida melhor", comenta Maria Cláudia, que não atendeu esse caso.
O caso aconteceu na última segunda-feira (2) no Hospital Universitário de Campo Grande. Conforme os parentes do recém-nascido, depois de seis meses de gestação, a mãe da criança, Michele dos Santos, 17 anos, recebeu a informação de médicos durante um ultrassom que o filho tinha problemas e teria de ser retirado com cesariana
A paciente então foi encaminhada ao hospital, e foi informada após o parto que o bebê não tinha resistido. Cerca de cinco horas depois, a criança se mexeu e foi levada para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde segue internado.
Vizinhos da família ficaram surpresos com a notícia. "Foi muito maravilhoso o que Deus fez. A gente ora para que ela possa testemunhar que Deus faz algo importante na vida da gente", disse a ajudante de cozinha Rosimeire Coelho.
Três Lagoas