A chuva que caiu ontem, em Três Lagoas, alagou ruas e residências em vários pontos da cidade. Condutores encontraram dificuldades para transitar pelas ruas e avenidas diante o acúmulo de água em algumas localidades como, por exemplo, na circular da Lagoa Maior, nas proximidades do cruzamento com a rua Aparício da Silva Camargo. Condutores de carros e motocicletas quando chegavam próximo ao local, retornavam.
O mesmo aconteceu na ruaElviro Mário Mancini, antiga Municipal. Veículos afogaram nesta via, que ficou inundada. A água da chuva acabou invadindo residências, entreoutros estabelecimentos nesta via, assim como na rua Egídio Thomé, no Vila Nova. Outro ponto bastante castigado com as chuvas foi nas imediações do “piscinão” do bairro Paranapungá, que transbordou com a chuva de ontem. As ruas ficaram intransitáveis, carros afogaram e moradores ficaram impossibilitados de sair de casa.
De acordo com a moradora da ruaJúlio Mancini, Maria Aparecida, sempre que caiu uma chuva forte e intensa, as ruas ficam alagadas e o “piscinão” transborda. Ela acredita que a bomba que esvazia esse sistema de capitação de água não está funcionando. A rua Antônio Estevão Leal, no Paranapungá, assim como a Yamaguti Kankiti, também ficaram alagadas. A avenida Filinto Müller, assim como as ruas do bairro Jardim Dourados, residências e estabelecimentos comerciais, também ficaram alagados.
Outro ponto crítico, e velho conhecido quando chove, é o Jardim Alvorada. Ontem, novamente, os moradores das proximidades da escola Maria Eulália Vieira, tiveram suas casas invadias pelas chuvas. Sônia Maria Rodrigues conhece bem o problema. Ele disse que os moradores convivem com essa situação há mais de 40 anos, mas nenhuma administração conseguiu encontrar uma solução para esse problema. “Todo ano é isso, a gente perde móveis e tem prejuízos”, frisou.
Sônia disse que perdeu a vontade de arrumar a casa, diante desta situação. “A gente deixa a casa arrumadinha, tudo limpinha, daí vem à chuva, alaga toda a rua e destrói tudo”, contou. A moradora relatou que, logo após a chuva, os vereadores passam pelo local, mas nenhum tem a capacidade de resolver o problema. “Eles vêm, prometem, mas nada de bom acontece. Nós estamos tão revoltados aqui que, na próxima chuva, vamos pegar enxadão e quebrar essa galeria que tem aqui na esquina, para ver se resolvem de uma vez esse problema. Não aguentamos mais, pagamos impostos e, entra prefeito e sai prefeito, ninguém consegue resolver”, desabafou.
Outra moradora que conhece bem esse problema é Jane Rodrigues, que reside no bairro há50 anos. No entanto, ontem, ela teve uma surpresa. Jane contou que estava no Centro de Especialidades Médicas (CEM), quando começou a chover. “Fiquei esperando diminuir a chuva, quando cheguei em casa, estava tudo alagado, a geladeira estava cheia de água e barro, assim como os outros móveis também”, contou a ex-funcionária pública, demitida recentemente da prefeitura.
Karina Duarte também estava bastante revoltada ontem. Ela contou que, seus pais e avôs moram na Cohab do JK, e há mais de 40 anos convivem com esse problema. “Todo ano a prefeitura fala que foi uma chuva forte e inesperada, e que não tinha como prever. Isso não é resposta, esse problema já era para ter sido resolvido faz muito tempo. Já deveriam ter construído mais galerias, investido em drenagem, feito obras para resolver de uma vez essa situação” declarou.
As escolas estaduais Dom Aquino Corrêa e Edwards Correa de Souza, também foram castigadas com a chuva de ontem. O pátio das escolas e algumas salas de aula ficaram alagados.