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Chuva no Pantanal ajuda a controlar os incêndios

Equipes mantém trabalho de rescaldo e monitoramento nas áreas atingidas pelo fogo

Chegada da chuva em fazenda no pantanal de MS - Foto cedida: Leizinara Lopes
Chegada da chuva em fazenda no pantanal de MS - Foto cedida: Leizinara Lopes

Pela primeira vez, em semanas, as equipes que atuam no combate aos incêndios na região pantaneira comemoram a mudança na estratégia de trabalho. Agora, os militares, brigadistas e trabalhadores rurais se concentram nas ações de rescaldo e monitoramento das áreas.

As últimas imagens de satélite não apontam novos focos de incêndio no pantanal sul-mato-grossense. Além dos trabalhos das equipes por terra e pelo ar, a tão esperada chuva chegou à região e amenizou a situação.

De acordo com o Corpo de Bombeiros 72 militares continuam nas áreas queimadas em MS, já que a previsão é que as altas temperaturas ainda continuem nos próximos dias.

"Ainda não é uma situação tranquila […] com a ocorrência de chuva, também aumenta a incidência de raios, que é uma das causas naturais dos incêndios florestais", comentou o coordenador do PrevFogo/Ibama, Márcio Yule.

Com o controle das chamas e extinção de parte dos incêndios, será possível contabilizar os prejuízos, principalmente sobre a fauna pantaneira ou encontrar animais que tenham sobrevivido às chamas e que precisam de algum tipo de assistência, principalmente alimentar.
 
A coordenadora Operacional do Grupo de Resgate Técnico Animal (Gretap/MS), Paula Helena Santa Rita, médica veterinária da Universidade Católica Dom Bosco, explica que o próximo passo "é acompanhar, junto com a Polícia Militar Ambiental, monitar as áreas, com o uso de vários recursos, desde a observação direta em diferentes períodos, até o uso de armadilhas fotográficas. Os biólogos da equipe também avaliam o contexto do ambiente e a partir daí determinamos se haverá a necessidade do aporte nutricional básico, que é o fornecimento de alimentos para os animais daquela área, ou de ração, ou de frutas, ou de proteína, dependendo do animal que ali se encontra", explicou a coordenadora.