Assim como vem ocorrendo em algumas cidades do país, as chuvas têm castigado Três Lagoas. Entre os problemas, estão: ruas alagadas, poças formadas e buracos abertos no asfalto. E o mais grave: moradores sofrendo com as casas alagadas. A empresária Rose Mari Lainez Robles, moradora da rua Adib Abud, no Jardim dos Ipês, é uma das atingidas pelo péssimo escoamento da água. De acordo com ela, ontem a água da chuva invadiu sua casa. “Há um ano, essa rua vem enfrentando problemas de alagamento. Já recorri a vários órgãos e nada foi feito”, disse.
E a empresária não é a única. Para os moradores da Yamaguti Kankiti, na região da Vila Carioca e Parque São Carlos, esse é problema não é mais novidade. Eles convivem com alagamentos todos os anos e afirmam que não conseguem mais conviver com essa situação.
Moradora há 20 anos na rua Yamaguti Kankit, Elenita Barnabé Alves, disse à equipe do Jornal do Povo que “entra ano e saí ano e a situação é sempre a mesma”. Ela explicou que fez uma reforma na residência e aproveitou para aterrar o quintal para deixar a casa mais alta em relação ao nível da rua. “Tinha que fazer uma drenagem que comportaria a quantidade de água que escoa para essa rua”, opinou.
Para Adélio Sebastião Carvalho, morador há 30 anos na Yamaguti Kankiti, a administração precisa resolver o problema. “Esse é um problema tão antigo que já deveria ter sido resolvido há muito tempo. Três Lagoas tem uma arrecadação tão boa e não sobra nem um pouco para fazer essa drenagem”, enfatizou. Além dessa via, outras no Parque São Carlos, especialmente as de terra, estão em péssimas condições de tráfego.
PREFEITURA
As obras de drenagem na região do Parque São Carlos ficaram paralisadas há anos, devido à não liberação de recursos do Governo federal. As obras foram retomadas pela Prefeitura no final do ano passado, mesmo sem o repasse do recurso pela União. Agora, em razão das chuvas, os serviços foram suspensos novamente. As obras serão executadas até o final deste ano.
DOS
Para o diretor do Departamento de Obras e Serviços, Agamenon Alves de Oliveira, Três Lagoas é uma cidade privilegiada, em comparação a outras regiões. Ele citou como exemplo os problemas que vêm ocorrendo no Rio de Janeiro e Minas Gerais, onde casas desabaram e pessoas morreram soterradas. Em Campo Grande, a situação também é bem precária.
Na manhã de ontem, o diretor participou ao vivo do programa RCN Notícias da Rádio Cultura FM (106,5 MHz) e falou sobre os trabalhos do DOS, nesta época de chuvas. De acordo com Oliveira, na medida do possível os funcionários têm realizado alguns serviços de tapa-buracos, os quais surgem com mais frequência neste período.
O diretor explicou que alguns serviços ficam impossibilitados de serem realizados com as chuvas, como é o caso dos de terraplanagem. Mas, quando a situação é de emergência, o departamento realiza uma ação paliativa para que os moradores consigam sair de casa.
Oliveira informou ainda que tem conhecimento de todos os pontos problemáticos da cidade, como é o caso do Jardim das Paineiras, São Carlos, Vila Viana- região do Piscinão-, Jardim das Violetas, entre outros.
Durante o programa, o diretor aproveitou para solicitar a colaboração dos cidadãos em não jogar lixos nas ruas para evitar o entupimento dos bueiros e as consequentes inundações com as chuvas.
TERRENOS
O diretor do DOS comentou também que será realizada mais uma edição da “Operação Cidade Limpa”, e que no momento certo a prefeita vai anunciá-la oficialmente. Ele disse que a Prefeitura já começou a fazer a sua parte, roçando o mato nas áreas públicas, e solicitou que cada morador faça a sua também, mantendo os terrenos limpos. “Isso é muito importante, pois precisamos evitar o aumento dos casos de dengue”, ressaltou.
