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Cidades da região de Três Lagoas são alvo de operação que investiga uso de explosivos

Terminais de bancos foram arrombados por ladrões com o uso de bombas

Explosivos seriam utilizados de forma ilegal, e poderiam ser desviados em explosões de terminais bancários  - Arquivo/JP
Explosivos seriam utilizados de forma ilegal, e poderiam ser desviados em explosões de terminais bancários - Arquivo/JP

Quatro municípios da região da Costa Leste são alvo da Operação Rastilho 2, iniciada nesta terça-feira (30), sob o Comando da 9ª Região Militar do Exército em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, que visa evitar o uso ilegal de explosivos.

Aparecida do Taboado, Brasilândia, Paranaíba, Costa Rica, Sidrolândia e Terenos são os seis municípios do Mato Grosso do Sul, alvo da operação, que investiga ações criminais com a utilização de explosivos nos últimos meses.

De acordo com informações da equipe de operação, esses explosivos seriam utilizados de forma ilegal, e poderiam ser desviados para atividades do chamado “novo cangaço”, em explosões de terminais bancários de autoatendimento. A polícia investiga a origem do comércio ilegal de explosivos nesses estados.

Na região de Três Lagoas, alguns terminais bancários foram arrombados nos últimos anos com a utilização de explosivos. Em dezembro do ano passado, dois terminais eletrônicos de uma agência bancária em Selvíria, por exemplo, foram arrombados com dinamite.  

No primeiro dia de operação, não teve apreensão em Mato Grosso do Sul, apenas em Mato Grosso, onde foram apreendidos explosivos e acessórios em garimpo ilegal na região do município de Peixoto de Azevedo. Além de militares do Exército, integrantes da Delegacia de Polícia Civil de Peixoto de Azevedo e do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar do Mato Grosso participaram das inspeções.

Diante de informações coletadas e de denúncia anônima, foi dado início a fiscalização em locais que poderiam utilizar explosivos clandestinos. O material foi localizado escondido em um garimpo e totalizou, aproximadamente, 582 unidades (291 kg) de encartuchado de emulsão explosiva, 202 unidades de espoletas, 250 unidades de iniciador tipo brinel, 180 metros de estopim, 925 metros de cordel detonante, além de uma espingarda calibre 20 com uma munição intacta.

O objetivo da operação é evitar ou reduzir a possibilidade de que explosivos utilizados por empresas registradas sejam desviados e empregados contra pessoas e estruturas, permitindo o seu uso somente por pessoas legalmente habilitadas. A operação acontece também em outras áreas do território nacional, sob a coordenação geral da Diretoria de Fiscalização e Produtos Controlados (DFPC) do Exército.