Há mais de um mês sem chuvas e com clima de deserto em Três Lagoas os números de queimadas em terrenos na área urbana triplicaram.
Neste período de estiagem e baixa umidade relativa do ar, aliados à vegetação seca, este é um cenário extremamente favorável para riscos de incêndios florestais.
O 5º Grupamento do Corpo de Bombeiros, em Três Lagoas, registrou nas últimas semanas, mais de seis chamadas para atender ocorrências envolvendo incêndios em quintais e terrenos baldios.
De acordo com o tenente do Corpo de Bombeiros, Reinaldo Candido, este período do ano é típico desses incêndios. “ A vegetação esta seca, o clima também está seco e condições são favoráveis para as queimadas. Estamos nos desdobrando para atender as chamadas para conter incêndios que, em sua maioria, ocorrem em terrenos urbanos e suas adjacências”, informou.
“Outro ponto que chama atenção é um velho costume em limpar o quintal e terrenos ateando fogo. Mesmo sendo proibido é crime ambiental, mas muitas pessoas ainda insistem em atear fogo em áreas urbanas ou em propriedade rural”, ressaltou.
O Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) suspendeu as autorizações ambientais de “queima controlada” até 31 de dezembro deste ano. A Defesa Civil Municipal de Três Lagoas também tem monitorado os focos de incêndios e auxiliado no combate as queimadas.
Na semana passada um incêndio, o qual a origem ainda é desconhecida, colocou em risco a fauna da reserva ambiental da Cascalheira. Para o coordenador da Defesa Civil Municipal, João Luiz, é um ato criminoso e de irresponsabilidade das pessoas. No perímetro urbano ainda temos pessoas que insistem em atear fogo nos quintais para limpeza. Os fumantes jogam as bitucas de cigarros nas margens das rodovias e com a vegetação seca, rapidamente se transforma em queimada, ou seja, esse é um comportamento irresponsável”, afirmou o coordenador.
A origem destes focos de incêndios podem ser duas: humana e natural, mas segundo o tenente do Corpo de Bombeiros, a maioria das ocorrências atendidas são originados por pessoas. “Estamos mapeando todas essas ocorrências com as informações e o georreferenciamento com fotos e vídeo do local, afim de identificar os autores, para serem penalizados e autuados” alertou o tenente.
Atear fogo em quintal, terreno ou áreas de preservação ambiental é crime ambiental passível de multa que pode chegar a R$ 9.658. Em Mato Grosso do Sul, a fiscalização das queimadas urbanas é feita pela PMA (Polícia Militar Ambiental) em parceria com a Prefeitura de Três Lagoas.