O Setor de Investigações Gerais (SIG) da Polícia Civil avançou na investigação, que busca esclarecer a morte do enfermeiro Adauto Arantes, de 61 anos, ocorrido no mês de agosto deste ano. Ele foi esfaqueado, nas regiões do peito e do pescoço, no Residencial Sophia, na rua Dr. Amílcar Congro Bastos, no Jardim Alvorada, em Três Lagoas.
O delegado Ricardo Cavagna, titular do SIG, iniciou a investigação do caso após receber um chamado da Polícia Militar para averiguar a denúncia de um homicídio. Durante as entrevistas realizadas, um homem, de 24 anos, doi identificado como um possível suspeito do assassinato. Adauto e o suspeito eram colegas de trabalho, em uma indústria têxtil e mantinham um relacionamento amoroso.
O jovem foi interrogado e os investigadores solicitaram que ele entregasse os aparelhos de celular. O suspeito entregou dois celulares, sendo um da marca Samsung e outro da marca Motorola. O segundo celular pertencia à vítima e acredita-se que tenha sido removido do local onde o corpo foi encontrado.
Quando questionado sobre o motivo de estar com o celular da vítima, o suspeito alegou que Adauto havia vendido o aparelho Motorola para ele, dois meses antes do crime. Afirmou ainda que possuía a nota fiscal, mas não a apresentou aos investigadores. Durante o interrogatório, o homem ficou visivelmente nervoso e deu diversas versões conflitantes, chegando até mesmo a alegar desconhecimento sobre como o celular de Adauto teria parado em suas mãos.
O filho de Adauto, que teria encontrado o corpo do próprio pai, compareceu ao SIG e entregou a nota fiscal e a caixa do celular, contradizendo a versão dada pelo suspeito sobre a compra do aparelho. Além disso, durante a investigação foi descoberto que o homem estava em posse de uma bicicleta Aro 29, preta e amarela, que pertencia à vítima e que havia sido furtada no dia da morte do enfermeiro.
Diante das evidências, a Polícia Civil representou pela prisão temporária do suspeito, e com manifestação favorável do Ministério Público, os mandados de prisão e de busca e apreensão foram expedidos pela 1ª Vara Criminal da Comarca de Três Lagoas. O delegado informou que durante o interrogatório, o homem acabou confessando ter matado a vítima.
O jovem preso poderá ser processado pelo crime de homicídio duplamente qualificado pelo meio cruel e por recurso que dificultou a defesa da vítima, e ainda, pelo crime de furto. Se condenado poderá ter aplicada uma pena de mais de 30 anos de prisão. Após a realização do exame de corpo de delito, ele foi conduzido às celas da Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) de Três Lagoas.