O número de atendimento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) caiu consideravelmente com a greve dos enfermeiros deflagrada na última sexta-feira. De acordo com a coordenação do UPA, antes da greve eram atendidos, em média, de 400 a 500 pessoas por dia. Depois da paralisação dos profissionais, o atendimento é de 100 pessoas por dia, e apenas casos considerados de urgência e emergência.
Mesmo com a decisão do Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul que determinou a suspensão do movimento grevista, os enfermeiros não retornaram a atividade normal e não tem previsão de retorno, enquanto a prefeitura não convocar a categoria para uma nova discussão sobre o reajuste salarial.
O desembargador do Tribunal de Justiça suspendeu a greve por considerar que o serviço é essencial à saúde pública e não poderia ser interrompido e também por entender que o Sindicato dos Enfermeiros, Técnicos e Auxiliares de Enfermagem Serviços Públicos, não é representante legítimo da categoria. Foi estipulada ainda uma multa diária de R$ 1.000,00 contra o Setasp em caso de descumprimento da decisão.
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Embora o Setasp tenha protocolizado uma notificação na prefeitura no início da semana passada com indicativo de que haveria greve a partir de sexta-feira, o presidente do sindicato, João Carvalho, disse que esse movimento grevista é de inteira responsabilidade dos enfermeiros. E que, somente a partir desta quarta-feira é que o sindicato estaria à frente do movimento de greve, caso a prefeitura não abrisse um diálogo para as negociações. A prefeitura, no entanto, já convocou o sindicato para uma negociação.
Em relação à decisão do Tribunal de Justiça que determinou a suspensão da greve, João Carvalho disse que ainda não foi notificado. “O Sindicato espera ser notificado para fazer qualquer tipo de defesa e contradições que houver”, destacou. O presidente do sindicato informou que a categoria pleiteia 18% de reajuste salarial. A prefeitura, no entanto, ofereceu 5% para todos os servidores.
