Médicos que atuam no Hospital Municipal de Aparecida do Taboado alegam que estão com os salários atrasados há seis meses e sem hora extra. Dessa forma, 28 profissionais ameaçam parar os atendimentos em 30 dias, caso a situação não seja resolvida. Os profissionais da saúde se reuniram na última semana, em assembleia, para discutir o assunto e todos assinaram um documento anunciando a paralisação.
O hospital é gerenciado pela Fundação Estatal de Saúde (Fesat) de Aparecida do Taboado, por meio da prefeitura. A equipe de reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa, mas não houve retorno sobre o assunto. A informação é de que uma nota de esclarecimento deverá ser divulgada, o que ainda não ocorreu.
O montante de R$ 1 milhão em dívidas do hospital teria contribuído para os atrasos salários. O valor e a situação crítica que a unidade de saúde enfrenta foram confirmados pela diretoria. No entanto, de acordo com o médico cardiologista José Lima, o documento oficializando a paralisação foi protocolado na prefeitura e até o momento não houve nenhuma tentativa de negociação.
Os profissionais denunciam também a precariedade das ambulâncias e a falta de medicamentos para atendimento à população. O mesmo documento foi encaminhado ao Ministério Público Estadual (MPE) e ao Conselho Regional de Medicina (CRM).