O preço do combustível pode ter novo aumento ainda neste ano. Essa é a proposta da Petrobras, apresentada ontem, pelo diretor Financeiro da Empresa, Almir Barbassa.
De acordo com ele, a estatal está “trabalhando intensamente junto ao governo” para equiparar os preços praticados no mercado interno com o mercado internacional.
Sem falar em porcentagens, o diretor informou que a empresa conta com a elevação de preços para chegar ao final do ano com um nível de alavancagem “seguro e confortável” para a companhia, segundo informou a Folhapress.
O último aumento autorizado pelo governo foi em janeiro deste ano, da ordem de 10,5% para o diesel e 6,6% para a gasolina, mas especialistas avaliam que a defasagem do preço praticado pela empresa no mercado interno e os praticados no mercado internacional seriam de cerca de 15% para ambos os combustíveis.
O reajuste impactou diretamente no bolso do consumidor. Em Três Lagoas, com aumento anunciado em janeiro desse ano, o preço do litro da gasolina saltou de R$ 3,012 (segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, a ANP, na época) para R$ 3,15.
Hoje, oito meses depois, o preço médio do combustível em Três Lagoas é de R$ 3,20, sendo R$ 2,99 no posto mais barato e R$ 3,299 no mais caro. Os valores fazem parte da pesquisa mais recente da ANP, entre 4 a 10 desse mês.
Três Lagoas, ainda segundo o estudo, permanece com o título de cidade com o combustível mais caro em todo Mato Grosso do Sul. A ANP mostra que o preço do combustível vinha mantendo essa média há pelo menos quatro semanas. Na pesquisa anterior, o preço médio era de R$ 3,19 no município.
Comparado com Campo Grande, cidade com o menor preço do combustível, a diferença chega a R$ 0,30 por litro. Na capital sul-mato-grossense, o litro de gasolina é encontrado a um preço médio de R$ 2,89.
ETANOL
Em contrapartida, o preço do etanol mostrou recuo no município. Na segunda quinzena de julho, o combustível era comercializado a um preço médio de R$ 2,44. Agora, o preço do litro na bomba é de R$ 2,38, em média. A queda fez com que, no preço do etanol, a cidade passasse a ocupar o segundo lugar entre os municípios mais “careiros”. Com R$ 0,01 de diferença, o posto é ocupado por Paranaíba.
Enquanto isso, o preço do óleo diesel se mantem estável, R$ 2,56 em média (R$ 2,44, o mínimo, e R$ 2,59, o mais caro). Antes do aumento do começo do ano, porém, o combustível era comercializado a R$ 2,38. Para a pesquisa, a ANP realizou o levantamento de preços em dez empreendimentos no município.
