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Crime

Comerciante que matou o cantor Pele Negra vai a júri popular

A morte do cantor gerou comoção na cidade e acusado declarou à polícia ter se arrependido

A morte do cantor gerou comoção na cidade e acusado declarou à polícia ter se arrependido - Arquivo/JPnews
A morte do cantor gerou comoção na cidade e acusado declarou à polícia ter se arrependido - Arquivo/JPnews

Quase três anos depois, o comerciante Márcio Pereira Viana, de 27 anos, enfrentará júri popular pelo assassinato do cantor Jorge Edson dos Santos Ferreira, mais conhecido como ‘Pele Negra’. A vítima tinha 27 anos e foi morta com um tiro, em uma tabacaria, no bairro Vila Nova, em Três Lagoas, na madrugada de 5 de agosto de 2018. 

O cantor estava atrás de um balcão quando foi atingido por um dos disparos. Além dele, o segurança da tabacaria e um funcionário também foram atingidos, mas sobreviveram. O julgamento será realizado no dia 12 de maio, no Fórum de Três Lagoas, a partir das 9h30.

O comerciante Márcio Pereira chegou a fugir do local após o crime e se entregou à Polícia Civil 24 horas depois. Desde então, o acusado está preso na Penitenciária de Segurança Média de Três Lagoas, aguardando julgamento. 

ENTENDA O CASO

Toda a confusão começou quando Márcio foi colocado para fora da tabacaria, após uma briga. Ele foi barrado pelos seguranças e impedido de entrar novamente no estabelecimento. Irritado com a situação, o acusado prometeu que voltaria ao local para se vingar. 

E foi o que aconteceu. O comerciante, que era dono de uma bicicletaria no bairro Vila Piloto, saiu da tabacaria e retornou minutos depois armado com um revólver. Parou em frente a porta e começou a atirar. Pele Negra havia acabado de chegar na tabacaria após uma apresentação musical em outro local quando foi atingido pelos tiros. 

O cantor chegou a ser socorrido, encaminhado para o hospital, mas não resistiu ao ferimento. Pele Negra era voltado ao estilo Samba Rock e tinha lançado um clipe pouco tempo antes do assassinato. O caso gerou muita comoção em Três Lagoas.

ARREPENDIMENTO 

Em depoimento à polícia, Márcio Pereira disse ter se arrependido da ação e alegou que queria apenas dar um susto nas pessoas que provocaram a saída dele da tacaria e nos funcionários que impediram a entrada.  No julgamento pelo Tribunal do Júre, a defesa do acusado será feita pela Defensoria Pública e foram arroladas apenas duas testemunhas de acusação. A audiência é feita pelo juiz Rodrigo Pedrine, da 1ª Vara Criminal, do Fórum de Três Lagoas.