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Três Lagoas

Comerciantes pedem mais fiscalização para combater ambulantes

Sindicato do Comércio Varejista reclama da concorrência desleal

Ambulantes vendem os mais variados produtos  - Arquivo/JP
Ambulantes vendem os mais variados produtos - Arquivo/JP

Comerciantes de Três Lagoas pedem providências do poder público para evitar a grande quantidade de vendedores ambulantes que tomam as ruas do centro da cidade para vender mercadorias similares às vendidas pelos comerciantes estabelecidos no município. Os lojistas reclamam da concorrência desleal, porque os ambulantes,em sua maioria,não paga alvará e não recolhe os impostos que os comerciantes formalizados são obrigados a pagar.

Essa constatação motivou o Sindicato do Comércio Varejista de Três Lagoas a agendar uma reunião com a prefeita Márcia Moura e com o secretário de Desenvolvimento Econômico, Luciano Dutra, para tratar do assunto. A reunião está agenda para essa semana. Segundo o presidente do sindicato, Sueide Torres, será solicitado da administração municipal mais fiscalização para combater esses ambulantes irregulares e pedir para que a prefeitura limite o número de alvarás emitidos para vendedores que periodicamente aparecem em Três Lagoas.

O presidente do sindicato considera essa situação insustentável, já que nos últimos meses verifica-se um aumento considerável de ambulantes no centro da cidade. “Essa situação prejudica muito, porque a pessoa acaba comprando uma mercadoria por um preço mais barato, porque não há o pagamento de imposto, além de ser vendida sem a emissão de nota fiscal. Essa circunstância proporciona ao vendedor ambulante a venda de mercadoria por um valor mais acessível, agravada pela falta de qualidade”, comentou.

A compra desses produtos vendidos pelos ambulantes, de acordo com Sueide, não contribui para a geração de empregos e nem de impostos, bem como não trás nenhum outro benefício para o município. “É preciso também,diminuir o número de concessões de alvarás para ambulantes, pois nós [comerciantes] pagamos aluguel, água, luz, telefone, funcionários, ISS, entre outros impostos. Portanto, não é justo que esse pessoal venha, coloque a sua mercadoria na frente de uma loja de calçado, e venda calçado mais barato. Em frente da loja de confecção, o ambulante se instala e vende meia, roupas…”, salientou.

Sueide comentou que, outro dia, se deparou com algumas vans lotadas de roupas na praça Senador Ramez Tebet, com ambulantes vendendo normalmente suas mercadorias.“Temos que tomar uma providência imediata contra esse abuso, porque, realmente prejudica o nosso comércio”. Muitas das vezes, eles vêm e declaram alguma coisa lá na barreira e pagam o que querem de imposto, pois existe uma dificuldade para os fiscais contarem  peça por peça. Daí, eles vem e vendem os produtos pelo preço que querem, pois mostram que pagaram imposto referente anota fiscal emitida e ninguém conferi a quantidade. Posso afirmar que existem uns dez carros que vendem os mais variados produtos, como acessórios de veículos, óculos, relógios, roupas, entre outros produtos. Se não for feito alguma coisa, vamos perder o controle e a cidade vai voltar a ter um monte de camelôs nas ruas” acrescentou.