O comércio foi o único setor que fechou janeiro deste ano com saldo negativo na geração de empregos em Três Lagoas. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, referente a janeiro, divulgados na sexta-feira (19), mostram que 61 postos de trabalho foram fechados no comércio três-lagoense no período.
Os demais setores encerram o mês passado com saldo positivo de 320 postos formais. O município fechou janeiro com 1.404 admissões e 1.084 demissões.
O resultado das demissões no comércio, segundo o presidente do Sindicato do Comércio Varejista, Sueide Silva Torres, é reflexo da recessão que ocorre no Brasil. “Essa é uma crise financeira muito grande que vem desde o ano passado e nós estamos fazendo o possível e até o impossível para driblar essa situação, que traz um desconforto ao comércio. Esse não é um problema exclusivo de Três Lagoas, mas do Brasil todo”, destacou.
De acordo com Sueide, a crise econômica resultou no fechamento de muitas lojas e demissões em Três Lagoas. “Se não tivermos uma mudança na política financeira no Brasil, enfrentaremos muito mais dificuldades. Muitas empresas se viram obrigadas a enxugar o quadro de funcionários, para reduzir os custos operacionais e físicos. Fomos obrigados a demitir os funcionários que sempre foram nossos parceiros. Se não, em vez de um passar fome, dois passariam”, comentou.
No ano passado, segundo dados da Junta Comercial do Mato Grosso do Sul, 145 empresas fecharam as portas em Três Lagoas. “Nós temos muitos salões fechados ou com placa de 'aluga-se'. E isso é indicativo de que a coisa não está boa. Nós vemos isso com preocupação, porque isso mostra que as pessoas não estão confiantes”, declarou.