A eleição da Federação Internacional de Futebol (Fifa), que vai escolher o sucessor de Joseph Blatter – presidente da federação desde 1998, acontece nesta sexta-feira, 26, em Zurique. O congresso reúne as 209 federações filiadas, das quais 207 estão aptas a votar. As federações do Kuwait e da Indonésia estão suspensas.
Quatro candidatos concorrem à presidência do órgão: o príncipe da Jordânia, Ali Bin Al-Hussein; o xeque do Bahrain, Salman Bin Ebrahim Al-Khalifa; o francês Jerôme Champagne e o italiano naturalizado suíço Gianni Infantino. O sul-africano Tokyo Sexwale desistiu de concorrer na manhã de hoje.
Além disso, os nomes do francês Michel Platini e do liberiano Musa Hassan Bility foram retirados da lista. Platini desistiu das eleições, após ter sido acusado de corrupção e suspenso do futebol por 8 anos. Musa Hassan Bility foi impedido de participar das eleições na etapa de “controle de integridade”. A Fifa não divulgou a causa da exclusão.
Com isso, o pleito deste ano não tem nenhum candidato ex-atleta ou técnico. Todos atuam ou atuaram como dirigentes de federações ou confederações de futebol.
A eleição para presidente da Fifa pode ter até três turnos. Para que um candidato seja eleito no primeiro turno, ele deve obter dois terços dos votos, ou seja, 138 votos. Se isso não ocorrer, a eleição vai para o segundo turno, quando o candidato deve atingir 50% dos votos. Se nem assim houver um vencedor, a eleição vai para o terceiro turno.
Saiba quem são os candidatos:
Ali Bin Al-Hussein (príncipe da Jordânia)
Al-Hussein é o terceiro favorito da disputa e apontado como a única possível surpresa no pleito. Em 2015, o dirigente foi o único concorrente de Blatter, obtendo 73 votos, contra 133 do suíço.
Salman Bin Ebrahim Al-Khalifa (xeque do Bahrain)
O candidato de 50 anos preside a federação asiática e é um dos favoritos nas eleições da Fifa. Segundo especulações, o Al-Khalifa conta com os 46 votos da Ásia e os 54 da África. Caso obtenha esses 100 votos, o xeque precisará de 11 votos da Oceania para ficar a cinco de vencer a disputa. O sistema de votações, no entanto, deixa brechas para surpresas.
Jerôme Champagne (França)
Considerado candidato independente, Champagne se diz o único em condições de romper com o passado da entidade. Ele é ex-diretor de relações internacionais da Fifa, ex-diplomata e ex-secretário de Joseph Blatter.
Gianni Infantino (italiano naturalizado suíço)
O ítalo-suíço de 45 anos conta com o apoio da Uefa e da Conmebol, que somam 63 votos dos 207. Por isso, Infantino terá que conseguir mais votos em outras entidades, que estão recomendando voto em bloco para os filiados. Os integrantes da América do Sul declararam apoiar o candidato. (Agência Brasil)