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Três Lagoas

Consórcio UFN 3 tem mais de 1.200 protestos em cartório

Protestos são de julho de 2013 até dezembro de 2014

O Consórcio UFN 3, que construía a fábrica de Fertilizantes Nitrogenados da Petrobras, em Três Lagoas, tem 1.260 títulos protestados no Cartório do 3º Ofício de Três Lagoas por falta de pagamento para  várias empresas. Os protestos são de julho de 2013 até dezembro de 2014. Esse número aumentou nos últimos dias, depois do anúncio de que o Consórcio não vai mais continuar executando a obra.

Somente nos últimos dias, o Cartório do 3º Ofício publicou no Jornal do Povo vários títulos protestados contra o Consórcio UFN 3, os quais somam R$ 11,2 milhões. Somente para uma empresa, conforme consta em edital publicado na edição de ontem do JP, o Consórcio deve R$ 1,4 milhão. O valor da dívida do Consórcio UFN 3é superior aos R$11,2 milhões em títulos protestados, embora o cartório não tenha integralmente contabilizado o total de valores dos títulos protestados. Somente em Mato Grosso do Sul, o Consórcio deve R$ 25 milhões, conforme já divulgado pelo Jornal do Povo. Em todo o país, segundo informações extraoficiais, o Consórcio deve cerca de R$ 400 milhões.

As publicações dos protestos em cartório, nada mais são do que formalização da lei para caracterizar mora e ensejar a abertura de processo de execução judicial para o recebimento do crédito.

EMPRESÁRIOS

Somente para empresários de Três Lagoas, o Consórcio UFN3 deve mais de R$ 11 milhões, segundo o presidente da Associação Comercial e Industrial, Atílio D’ Gosto. O não pagamento desta dívida aos fornecedores locais tem causado reflexo negativo no comércio de Três Lagoas, já que causa um efeito cascata, se o Consórcio deixa de pagar  fornecedores, esses, consequentemente, deixam de honrar os seus compromissos, principalmente, com seus empregados, os quais perdem poder de compra.

Ainda segundo Atílio, a situação é desesperadora por parte de alguns empresários. “Se eles não receberem vão quebrar. Têm empresários que me ligam desesperados, pedindo ajuda para resolver esse problema, a gente tenta,mas é uma situação bem maior do que se imagina”, disse.