O tão esperado contorno rodoviário que irá desviar o tráfego de caminhões da avenida Ranulpho Marques Leal, na BR-262, rodovia que corta a cidade vai sair do papel. O projeto que começou a ser discutido, em 2009, nesta semana, apresentou um avanço importante.
Durante reunião com o senador Waldemir Moka (PMDB), coordenador da bancada federal do Estado, o ministro dos Transportes, Maurício Quintella, anunciou a inclusão de R$ 35 milhões no Orçamento Geral da União de 2017 para o início da obra.
De acordo com o senador foram previstos no Orçamento da União para Mato Grosso do Sul R$ 266 milhões para obras de infraestrutura urbana e rural, que deverão beneficiar Campo Grande, Brasilândia, Terenos, Aquidauana, Rio Verde e Três Lagoas.
“O que percebemos na conversa com o ministro dos Transportes é que efetivamente há interesse do governo Temer em atender às reivindicações da bancada sul-mato-grossense, no que diz respeito à melhoria da infraestrutura estadual”, afirmou Moka.
CONTORNO
O anel rodoviário é apresentado como alternativa para superar o conflito entre tráfego urbano e rodoviário. Os primeiros estudos da obra começaram em 2009, com o levantamento estatístico de incidência de acidente e cálculo da projeção de acréscimo do tráfego de veículos que iriam aumentar nas rodovias BR-262 e BR-158, principalmente de carretas, em razão da construção e duplicação das fábricas de celulose instaladas em Três Lagoas.
O pré-projeto foi elaborado pelo engenheiro do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit), de Três Lagoas, Milton Rocha Marinho. E foi executado prevendo uma nova via de acesso, interligando a BR-262 até a BR-158, sem a necessidade dos veículos pesados trafegarem pela avenida Clodoaldo Garcia ou pela avenida Ranulpho Marques Leal.
No sentido, Campo Grande-Três Lagoas, a entrada do contorno deverá ser feira nas proximidades do Papilon Eventos, perto da Fazenda Rodeio, e interligará até a BR-158, rodovia de acesso a Selvíria. O motorista que precisa ir à fábrica Eldorado, por exemplo, não precisará passar pela Ranulpho.
O mesmo ocorrerá com quem vem do estado de São Paulo. Por exemplo, quem vem pela Usina Hidrelétrica de Jupiá, em breve, pela ponte rodoviária, também não terá a necessidade de passar pela avenida Ranulpho Marques Leal, podendo passar pelo anel e seguir até a BR- 158, no sentido Brasilândia, ou sentido Selvíria. Em ambos os casos, também terão acesso à BR-262.
OBRAS
De acordo com Marinho, o Dnit trabalha agora, na elaboração do projeto executivo para posteriormente abrir licitação para a contratação de empresa interessada em executar a obra, orçada em mais de R$ 100 milhões. Apesar de o orçamento prever R$ 35 milhões, o engenheiro disse que esse valor é para o início das obras, e depois, conforme o andamento dos serviços, o governo vai liberando o restante dos recursos necessários para a execução do contorno que levará dois anos para ser concluído.