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Coordenado pela Agepen, grupo ecumênico inicia trabalhos para aperfeiçoar assistência religiosa em presídios

A iniciativa, conforme Stropa, integra a pauta de ações desenvolvidas pela Agepen em prol da reinserção social dos apenados

 - Divulgação
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Com o objetivo definir novas linhas para a atuação das entidades religiosas nas unidades prisionais do Mato Grosso do Sul, a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) iniciou nesta terça-feira (28) as ações do “Grupo de Trabalho para a Ampliação e Aperfeiçoamento Normativo da Assistência Religiosa nos Presídios”.

Durante a solenidade abertura dos trabalhos, realizada, na Escola Penitenciária, o diretor-presidente da Agepen, Ailton Stropa Garcia, destacou que o grupo é formado por representantes de diferentes denominações religiosas que já atuam junto à população carcerária do Estado, além de servidores da administração penitenciária. Os membros, segundo o dirigente, serão responsáveis por desenvolver um estudo para traçar estratégias e meios de estender ainda mais a assistência religiosa aos privados de liberdade.

A iniciativa, conforme Stropa, integra a pauta de ações desenvolvidas pela Agepen em prol da reinserção social dos apenados. “Atualmente no País o índice de reincidência criminal é de 70%, queremos elevar os atuais 30% de ressocialização que conseguimos e, com certeza, esse trabalho representará um importante avanço isso”, disse.

Representando a Secretaria de Justiça e Segurança Pública no evento, o superintendente de Políticas Penitenciárias, Rafael Garcia Ribeiro, também enfatizou a religião como um dos alicerces da ressocialização. “São três as principais bases que permitem que a pessoa não reincida no crime: a religião, o trabalho e a educação. Diante disso, a Agepen está demonstrando que realmente está preocupada em garantir que essa reinserção seja realmente efetiva”, declarou.

Presente na solenidade, o arcebispo da Arquidiocese de Campo Grande, Dom Dimas Lara Barbosa, falou dos anos em que desenvolveu trabalho de capelania com detentos do Rio de Janeiro e destacou a necessidade da assistência religiosa para essa parcela da população. Dom Dimas sugeriu à Pastoral Carcerária que trabalhe integrada com outras pastorais, como a da Saúde, ampliando o número de ações desenvolvidas pela da Igreja Católica nos presídios. Em seu discurso, o arcebispo também parabenizou a Agepen pela iniciativa e pela integração entre as religiões. “Estamos juntos nesse trabalho em benefício do nosso povo”, afirmou.

Para o pastor da 1ª Igreja Batista Marcos Ricci, presidente da Associação Nova Criatura – que, além do trabalho religioso, ajuda egressos do sistema prisional com assistência material e encaminhamento ao mercado de profissional – é notável a transformação comportamental de custodiados que passam a participar das ações religiosas nas unidades prisionais. Ricci afirmou que são vários os exemplos de mudança que presenciou em 20 anos de trabalho religioso nesse segmento. “O poder dá fé é tão intenso que houve casos de internos que aprenderam a ler para fazer a leitura da Bíblia”, comentou o pastor que também coordena, como projeto piloto, um curso de Teologia desenvolvido atualmente para internos do Instituto Penal de Campo Grande.

Também participaram da solenidade a promotora da 50ª Promotoria de Justiça, Jískia Sandrin Trentin; a presidente da Federação das Religiões de Matriz Africana e Ameríndias de Mato Grosso do Sul, Iyalorisá Zilá Dutra; integrantes da Pastoral Carcerária e Paróquia São Pedro Apóstolo, e representantes das igrejas evangélicas: Universal do Reino de Deus, Pentecostal Trindade de Deus, Assembleia de Deus Mato Grosso do Sul; Assembleia de Deus das Missões; Batista Ministério Esperança; Batista Renovada; Adventista do 7º Dia; Ministério de Missões entre as Nações e Assembleia de Deus Nova Aliança do Brasil; além de diretores de estabelecimentos prisionais e chefias da Agepen.