Na próxima terça-feira, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga possíveis irregularidades nos repasses do Sistema Único de Saúde para 11 munícipios de Mato Grosso do Sul realiza oitivas em Três Lagoas. A reunião será realizada às 14 h, no plenário da Câmara Municipal.
Três Lagoas
CPI da Saúde ouve gestores de Três Lagoas na próxima semana
Comissão Paramentar de Inquérito vai ouvir atual e ex-secretário de saúde
Os deputados estaduais que compõe a CPI vão ouvir a secretária municipal de Saúde, Eliane Brilhante, o ex-secretário de Saúde, Sérgio Geremias, a Irmã Elvanir Dorneles Nogueira, representante do Hospital Auxiliadora, o presidente do Conselho Municipal de Saúde, Edson Aparecido de Queiroz e o ex-presidente do Conselho Municipal de Saúde, Alex Sandro Ribeiro Cardoso.
Em entrevista ao Jornal do Povo, o presidente da CPI, Amarido Cruz, informou que um dos assuntos que será objeto de investigação da comissão será uma possível renúncia de um equipamento de acelerador linear para tratamento oncológico que o Ministério da Saúde havia destinado para algumas cidades do Estado, inclusive para Três Lagoas. Essa renúncia teria partido da Secretaria Estadual de Saúde, e os parlamentares querem saber se os gestores municipais estavam sabendo disso.
Amarido disse que Três Lagoas é uma cidade muito importante, já que atende toda a região. “Os cinco deputados que compõe a comissão estão trabalhando direto. Vamos percorrer as onze principais cidades do Estado. Estamos deslocando até esses municípios para conversar com os gestores e representantes dos conselhos de saúde”, destacou. Além de Três Lagoas, a Comissão estará realizando oitivas em Paranaíba na segunda-feira.
O presidente da CPI adiantou que os principais problemas da saúde em Mato Grosso do Sul refere-se à falta de dinheiro, porém, o mais grave deve-se a má gestão. “O mais grave é o problema de gestão. A qualidade da gestão da saúde em Mato Grosso do Sul é muito ruim, com problema de desvio de recursose má aplicação do dinheiro público. Tudo isso estamos levantando. A nossa investigação vai trazer as irregularidades que existem na gestão da saúde no nosso Estado e, certamente vamos nominar e trazer a tona quem quer que seja”, ressaltou.
Apesar disso, Amarildo disse que ao final dos trabalhos a intenção da CPI é apontar novos rumos e melhorias para a área da saúde em Mato Grosso do Sul. “No relatório final, vamos apresentar propostas para que melhorias possam acontecer, não só para os gestores municipais, assim como para o Estadual, e até para o gestor público Federal. O ministro Alexandre Padilha, por exemplo, vem acompanhando o nosso trabalho e já nos solicitou que ao terminarmos as investigações possamos enviar a cópia de um relatório para que o Ministério pudesse avaliar e tomar as providências que compete ao órgão em relação aos recursos do governo Federal”, salientou.