O Programa Municipal DST/Aids, divulgou números referentes aos casos de Hepatite registrados nos últimos anos na cidade de Três lagoas, que apontam crescimento nas ocorrências das Hepatites B e C no município.
Três Lagoas
Cresce o número de casos de Hepatite em Três Lagoas
O Programa DST/Aids oferece exames gratuitos para detectar e tratar a doença
Hepatite B – Durante o ano de 2009 apenas um caso foi registrado, mas em 2010 o número subiu para 4, no ano seguinte, 10 foram casos confirmados, e em 2012 foram registrados 14. Até agosto deste ano, o Programa já registrou 8 pessoas infectadas.
Hepatite C – O maior crescimento entre as hepatites foi registrado na C, quando em 2009 registrou-se 10 casos. No ano seguinte (2010) as ocorrências registradas chegaram a 24. Em 2011 houve um salto para 53 casos confirmados e em 2012 os números subiram para 74. Durante o ano de 2013 até agosto já foram confirmados 15 casos.
Os números são preocupantes, em agosto deste ano o Jornal do Povo destacou a contaminação de pessoas por sífilis, outra doença sexualmente transmissível que preocupa as autoridades médicas. Apesar do registro de crescimento de doenças sexualmente transmissíveis, os casos de Aids se mantêm estáveis.
De acordo com a Assistente Social e Coordenadora do Serviço Ambulatorial Especializado (SAE), Isabel Cristina Ferreira, o crescimento do número de pessoas diagnosticadas com as doenças se dá por conta de dois importantes fatores: o crescimento populacional e a ampliação dos diagnósticos. “Nossa cidade vem crescendo e, além disso, o programa vem ampliando os atendimentos, isso faz com que os números aumentam mesmo”, afirmou Cristina que fez um alerta. “Nós temos aqui o Centro de Testagens onde são feitos os exames necessários para detectar a presença não só da Hepatite, mas também da Sífilis e até mesmo HIV, os exames são rápidos e estão disponíveis à todos, pois o diagnostico precoce é fundamental para o tratamento”, ressalta a Coordenadora.
Tratamento Gratuito
Além da testagem para a conclusão de diagnósticos, outro programa que também é oferecido gratuitamente é o Serviço de Assistência Especializada (SAE), que ao detectar o vírus da Hepatite, disponibiliza consulta com infectologista para avaliar cada caso de maneira mais especifica. O tratamento é feito com medicamentos via oral e injeções e tem duração de aproximadamente seis meses a um ano.
Segundo informações da Bioquímica Cristiane Porto Bazé, se o tratamento for feito da maneira correta, a Hepatite pode ser controlada com facilidade. “Quando o paciente segue religiosamente o tratamento, em cerca de 80% dos casos a doença que não tem cura, pode ficar controlada e não oferecer mais riscos, porém é preciso seguir as orientações indicadas pelo programa” destacou Cristiane.
Previna-se
De acordo com os profissionais do programa DST/Aids, a prevenção continua sendo o melhor remédio. A recomendação é que sempre fazer uso do preservativo, não compartilhar alicates e lixas de unhas, aparelhos de barbear e até mesmo escovas de dente. A realização de exames periódicos também é recomendada.