O período chuvoso, como ocorre na atualidade, é propício para a reprodução do mosquito transmissor da dengue. Em diversos locais da cidade, o descaso de alguns poderá se transformar em preocupação para muitos e, como conseqüência, atingir milhares de pessoas. Um prédio onde funcionava uma borracharia, na avenida Rosário Congro, ao lado do número 1411, foi parcialmente demolido, ficando somente as paredes laterais, sem teto. Ocorre que, ao sair do local, o proprietário deixou para trás um grave problema: pneus e outros entulhos que podem servir de abrigo para o mosquito fêmea do Aedes Aegypti depositar seus ovos e daí para a dengue se alastrar o processo será mais acelerado.
Além de pneus velhos, cobertos de água das chuvas, no local também se pode encontrar garrafões, plásticos, latas vazias e outros materiais que acumulam água. “É o que o Edson Dias deixou para trás”, comentou um vizinho, ao apontar o responsável pela borracharia em questão. “Muita gente já veio aqui para fotografar, mas para resolver o problema não veio ninguém”, observou.
E na esquina, cerca de uns 15 metros do local, um grande outdoor chama a tenção ao problema. Mas, nem isso motivou o dono da borracharia a resolver dar o correto fim ao lixo e aos pneus.. “Ele deveria mandar recolher para o Ecoponto, onde já deveriam estar esses pneus”, concluiu o vizinho.
Ontem (12) de manhã, a reportagem do Jornal do Povo entrou em contato com a Secretaria Municipal de Saúde para saber a respeito do assunto, em especial se já foram identificados os pontos de possíveis focos de reprodução do mosquito, mas uma atendente disse que o setor responsável era o de Endemias. “Fala com seu Wilson”, disse ela. Ligamos e o telefone tocou até cair a ligação, sem que ninguém atendesse, por volta das 11 horas.
Há dois anos o Município foi alvo de uma campanha motivada pela ocorrência de milhares de pessoas acometidas pela doença, inclusive com mortes. No ano passado, a campanha foi mais incisiva e houve uma redução considerável de contaminação.
Três Lagoas