O crescimento econômico e populacional de nossa cidade exige investimentos e ações mais efetivas quanto à segurança da população. Nos últimos tempos, assistimos ao avanço assustador da onda de furtos e roubos nas ruas, no comércio e nas residências. Os bandidos têm agido também na luz do dia e não se intimidam diante da presença de moradores no local escolhido como alvo da ação criminosa. Nem mesmo instituições de ensino ficam de fora dos registros policiais. O medo e a incerteza se tornaram companheiros indesejáveis do cotidiano de nossa sociedade.
Município e Estado apresentam ações e se mobilizam na tentativa de mitigar a criminalidade nas ruas, no entanto, a falta de segurança pública é um problema complexo. É necessário aumentar a vigilância, com a implantação de uma polícia comunitária que esteja mais próxima do cidadão, que seja melhor estruturada, melhor preparada e comprometida com a missão. O uso da tecnologia na segurança pública também é indispensável e deve ser atualizada, com equipamentos de última geração capazes de rastrear movimentos suspeitos e fazer a identificação facial dos criminosos.
Louvável a cobrança da Câmara de Vereadores pela implantação de uma Guarda Municipal, conforme prevê a lei aprovada pelos representantes do povo e sancionada pelo executivo municipal há mais de uma década. Passam-se os anos e o cidadão é obrigado a se refugiar, cada vez mais, atrás de grades, muros altos, cercas elétricas e até concertinas para ter uma ‘falsa’ sensação de segurança.
Basta! É preciso avançar e também tratar as causas da criminalidade urbana. Além da repressão, é crucial cuidar da prevenção. Faltam políticas públicas voltadas para a inclusão social, a redução das desigualdades e o combate à corrupção. A criminalidade só terá menos espaço para se desenvolver quando houver investimentos adequados em lazer, saúde, educação, habitação, entre outros.
Enquanto se espera pela promoção de políticas de justiça criminal mais efetivas e justas no país, por um sistema prisional que não seja superlotado e ineficaz, é preciso agir localmente. A sociedade clama por tranquilidade, mas também precisa se envolver nas discussões públicas, se engajar numa união de esforços, com participação ativa no enfrentamento a esse problema coletivo.
Sim, o desafio é imenso. Exige compromisso social e vontade política. Quem vai dar o primeiro passo?