O Curtume de Três Lagoas continua fechado por falta de matéria prima- o couro salgado- e recursos para comprar os produtos em outros estados. A unidade foi fechada pelo Instituto de Meio Ambiente do Mato Grosso do Sul (Imasul), em agosto de 2014, devido a irregularidades ambientais e falta da Licença de Operação.
No ano passado, depois de fazer as adequações, o curtume conseguiu a licença ambiental para operar. Entretanto, até hoje não reativou a unidade. “Por vários fatores não conseguimos produzir, podemos dizer que 50% são por falta de matéria prima e 50% por problemas financeiros. Mas, estamos na esperança de que, nesse ano, possamos trabalhar”, explicou o gerente do curtume, Claudenir Rocha.
Pelo tempo que a unidade ficou fechada, segundo o gerente, houve a descapitalização da empresa. Para o curtume voltar a funcionar, Rocha disse que, seriam necessários, no mínimo, R$ 5 milhões. “Temos que contratar funcionários, ter a matéria prima e produtos químicos. A solução seria o mercado reaquecer com mais facilidade, ter mais couro no mercado e as vendas no exterior melhorarem”, comentou.
O gerente disse que a intenção da direção do curtume, que possui outro empreendimento desse em Presidente Prudente, é reativar a unidade em Três Lagoas. Por esse motivo, gasta, em média, cerca de 150 mil por mês com a manutenção do local e pagamento de 14 funcionários, entre outras despesas. “O custo é elevado para manter os equipamentos e o local funcionando”, destacou.
De acordo com Claudenir Rocha, a reativação do curtume é importante para a economia da cidade e geração de empregos. Antes de fechar, a unidade empregava mais de 100 funcionários. “Trazíamos a matéria prima de outros estados, como Paraná, Bahia e Minas Gerais, porque não conseguíamos aqui, e gerávamos empregos e divisas em Três Lagoas”, acrescentou.