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Alívio

De cada 10, cinco consumidores saem da lista de devedores

Em setembro, ao menos 380 pessoas tiveram o nome negativado

Saques do FGTS são usados pelos clientes para a quitação de dívidas comércio varejista - Danielle Leduc /JPnews
Saques do FGTS são usados pelos clientes para a quitação de dívidas comércio varejista - Danielle Leduc /JPnews

A cada dez consumidores que tiveram o nome negativado, em Três Lagoas, cinco buscaram a recuperação de crédito e saíram da lista de inadimplentes, em setembro. Um dos fatores que contribuíram para a quitação de dívidas nas lojas foi o saque do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). De acordo com a Associação Comercial e Industrial, ao menos 380 clientes não pagaram as dívidas e foram incluídos no SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito). Do outro lado, 170 “limparam o nome” antes de encerrar o mês. 

Frente à estimativa do mês de agosto, o saldo é positivo, já que 419 consumidores tiveram o nome negativado e 120 deles deixaram de ser inadimplentes. “O índice de pessoas com restrição de crédito é alto no comércio. A expectativa era de que o dinheiro do benefício do FGTS fosse usado pelos consumidores para sanar as dívidas, o que de fato está ocorrendo”, observou o presidente da associação, Fernando Jurado. 

O levantamento revela que a inadimplência ficou concentrada em dívidas com valores de R$ 50 até R$ 500. Mas, há compras mais caras, que também não foram pagas. Dos 380 consumidores, 100 não pagaram carnês, boletos ou cheques de até R$ 450; 165 deram calote em gastos de até R$ 200 e o restante de R$ 150 mil. Vinte consumidores, conforme a apuração, estavam com, pelo menos, duas dívidas em atraso. 

FEIRÃO NOME LIMPO
Para auxiliar consumidores a pagarem as dívidas, a Associação Comercial e o Procon realizam o “Feirão Nome Limpo”, que começou em 16 de setembro e segue até dia 31 de outubro. 

A campanha busca atender as pessoas que estão com restrição de crédito no SPC e Serasa. Nas duas primeiras semanas, 25 pessoas recorreram às negociações e 17 firmaram acordos com empresas credoras. 

Segundo o diretor do Procon, Adenaldo Nunes, a maioria das negociações incluiu perdão de juros e de multas, além do parcelamento do saldo devedor. “Um bom negócio”, avaliou.