Com a chegada do fim de ano, época quando fortes chuvas e os temporais são frequentes, a Defesa Civil de Três Lagoas está identificando os principais pontos da cidade dentro do perímetro urbano, que merecem mais atenção por parte de seus moradores.
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De acordo com Paulo Rebello, coordenador da Defesa Civil, no início deste ano, a Secretaria Nacional de Defesa Civil, relacionou Três lagoas entre os municípios que merecem atenção especial prioritária. Segundo Rebello, os frequentes relatórios enviados pelo órgão local foram fundamentais para a entrada da cidade nessa realão. “Desde 2007 nós relatamos todos os casos de maior relevância registrados no município, principalmente o ocorrido em 2010, quando um ciclone anti-tropical causou diversos estragos na cidade, causando, inclusive, a destruição de 94 casas. Esse fato, teve peso relevante na hora de se elaborar a lista nacional” frisou o coordenador.
Recentemente um grupo de geólogos do Ministério de Minas e Energia, esteve na cidade e, por duas semanas, realizou diversos estudos sobre as áreas mais críticas e que merecem atenção durante os períodos propícios a temporais.
Rebello disse que ainda não teve acesso a esses dados, mas informa que os principais pontos já são conhecidos pela Defesa Civil e Corpo de Bombeiros. “Quando a chuva e os ventos são muito fortes, normalmente nós recebemos ligações sempre dos mesmos lugares. Porém ainda não possuímos uma equipe adequada para realizar um trabalho mais específico para ajudar os moradores. Na verdade ainda contamos muito com a atuação dos bombeiros” complementou.
Locais mais atendidos
De acordo com o tenente Domingos, do Corpo de Bombeiros, os pontos da cidade que mais são atendidos pela corporação durante as chuvas intensas são; Jardim Alvorada, bairro Interlagos e Nossa Senhora Aparecida.
“Em alguns pontos destes bairros são registrados casos de alagamento, sendo que algumas vezes casas que estão em um nível inferior ao da rua, sejam invadidas pela água. Nesses casos, quando possível, nós utilizamos uma moto-bomba para fazer a drenagem nesses pontos de alagamento”. destaca Domingos.
Falta estrutura
Mesmo sendo uma cidade considerada de atenção prioritária pelo Governo Federal, a Defesa Civil local ainda sofre com a falta de estrutura e equipe qualificada. “No final de 2010 foi realizado um curso para voluntários da Defesa Civil, cerca de 60 pessoas participaram, mas infelizmente ainda ninguém foi nomeado para trabalhar especificamente. Hoje, oficialmente eu sou o único funcionário da Defesa Civil no município”, lembrou Rebello.
Além da falta de pessoal, o órgão é carente também em equipamentos. Segundo Rebello, as poucas ferramentas existentes não são suficientes para ocorrências mais graves. “Se ocorrer algo parecido com o verificado em 2010, nós não teremos condições de prestar socorro á população atingida por intempérie. Além disso, não temos equipes para atuar nos locais impactados. Espero que em breve essa questão seja resolvida” afirma o coordenador.
Além da topografia, a pouca vasão das águas das chuvas contribuem para as ocorrências de alagamentos em diversos pontos da cidade. Três Lagoas tem apenas dois pontos de escoamento, o primeiro é o córrego da Onça, localizado no bairro Vila Zuque e o outro é o canal do Jardim Brasília, além do extrator de águas da lagoa Maior instalado na avenida Rosário Congro, que é cortada por uma galeria em toda a sua extensão até o cruzamento com a rua Elvíro Mancini.
