O senador Delcídio do Amaral (PT-MS), pré-candidato à reeleição, visitou a prefeita Márcia Moura (PMDB), no final da tarde de ontem (16). Acompanhado do vereador Idevaldo Claudino da Silva (PT), do ex-vereador Gilmar Garcia Tosta (PT) e de lideranças políticas e empresariais da Cidade, o senador do PT foi recebido na sala de reuniões do Gabinete da Prefeita.
Após falar do desenvolvimento da Cidade e da necessidade de investimentos em obras de infraestrutura, “para fazer frente à avalanche de empreendimentos”, Delcídio do Amaral contestou as declarações do ex-governador José Orcírio Miranda dos Santos (PT), pré-candidato a governador pelo seu partido.
Segundo declarou o senador Delcídio do Amaral, cabe ao Governo um “planejamento de desenvolvimento definido e claro para o Estado, sem discriminação, porque não existe classe de município A, B ou C”, disse. Ele contestou o ex-governador Zeca do PT, quando afirmou em Costa Rica que irá discriminar e frear o desenvolvimento de Três Lagoas.
““Se não as indústrias vão todas para Três Lagoas. Aí eu vou dizer ao empresário se você quer ir para Três Lagoas te dou 15% de incentivo. Agora, se quer ir para Costa Rica te dou até 80%. Assim nós vamos levar indústrias para outras regiões do Estado”, declarou Zeca do PT, em Costa Rica.
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Para o senador Delcídio do Amaral, Zeca do PT está errado ao pensar dessa maneira, porque o empresário não se instala em Três Lagoas “somente por causa dos incentivos fiscais. Eles levam em conta outras vantagens e Três Lagoas tem uma série de vantagens que devem ser respeitadas”, disse, citando a localização territorial, próxima aos grandes centros consumidores,e toda a logística de transportes e energia.
Em seu pronunciamento em Costa Rica, Zeca do PT considerou “injusto” o natural desenvolvimento industrial e econômico de Três Lagoas.
Ao fazer esta declaração, o ex-governador deixou claro que vai direcionar o desenvolvimento econômico natural de Mato Grosso do Sul, utilizando seu poder discricionário, “escolhendo a dedo” aqueles municípios que, na sua avaliação, devem receber grandes indústrias. Ou seja, com esta medida, ele poderia fazer “barganha política”, favorecendo municípios administrados por prefeitos do seu partido, discriminando as demais cidades do Estado.
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