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Três Lagoas

Demissões e falta de pagamento aos fornecedores param obras da UFN 3

Obras estão paralisadas pela falta de mão de obra e materiais

As mais de 3,3 mil demissões ocorridas nos últimos meses provocou a paralisação das obras de construção da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados da Petrobras em Três Lagoas. A paralisação das obras da fábrica, orçada em R$ 3,21 bilhões, foi confirmada pelos trabalhadores que foram demitidos, assim como pelos demais que ainda estão trabalhando.

Eles informaram que as obras estão paralisadas pela falta de mão de obra e materiais, porque as empresas deixaram de fornecer bens e serviços para o Consórcio UFN 3. A fábrica de fertilizantes deveria estar concluída em setembro deste ano, depois anunciaram para dezembro e, por último, para meados de 2015.

O Consórcio tem alegado falta de recursos para concluir a obra. A Petrobras, por sua vez, informou que tem conhecimento de que este contrato com o Consórcio se encontra com desvio de prazo em relação ao cronograma planejado inicialmente. Mas, que está buscando soluções junto ao Consórcio para dar continuidade às obras.

Com relação às demissões de funcionários alocados na obra, às dívidas reivindicadas por fornecedores e às ações judiciais noticiadas, a Petrobras esclareceu que estas questões dizem respeito diretamente ao Consórcio UFN3, não cabendo à Petrobras se manifestar sobre a saúde financeira, a gestão de negócios ou da mão de obra de suas contratadas.

A Petrobras informou ainda que está em dia com todas as suas obrigações contratuais e que os pagamentos de seus compromissos foram realizados de acordo com a legislação vigente e com os prazos e procedimentos estabelecidos no contrato. Eventualmente, segundo a Estatal, empresas contratadas apresentam pleitos de pagamentos adicionais, os quais são submetidos à avaliação técnica por uma comissão constituída para este fim, bem como a uma avaliação jurídica, antes de submetidos à aprovação das instâncias corporativas competentes.

Fornecedores

O Consórcio UFN 3 também não pagou os fornecedores de Três Lagoas. A dívida com empresários locais somam R$ 11 milhões. Um dos fornecedores, inclusive, suspendeu o fornecimento de alimentação aos trabalhadores devido a falta de pagamento.