A Justiça do Trabalho conseguiu bloquear aproximadamente R$ 50 milhões das contas da Petrobras e do Consórcio UFN 3 para pagar os mais de três mil trabalhadores que foram demitidos da obra da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados sem receber as verbas rescisórias.
Segundo a juíza do Trabalho, Daniela Rocha Rodrigues Peruca, o dinheiro que foi depositado na conta da justiça e começou a ser transferido para a conta dos trabalhadores na noite de quinta-feira. A previsão era de que ontem as transferências fossem concluídas liquidando créditos trabalhistas devidos pelo Consórcio
O bloqueio desse recurso ocorreu em decorrência de uma ação civil publica, que o Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil Pesada (Sintiespav) impetrou na justiça trabalhista contra o Consórcio e Petrobras. O sindicato informou na manhã de ontem que, alguns trabalhadores que já tinham ido embora sem receber as verbas rescisórias, mas o dinheiro já havia sido depositado em suas respectivas contas.
Segundo a juíza, o fato da Petrobras não ter recorrido da decisão facilitou com que o dinheiro fosse transferido para a conta dos trabalhadores. Com isso, chegou ao fim o impasse entre Consórcio, Petrobras e os operários, que bloquearam rodovias em protesto a falta de pagamento. Vários trabalhadores estavam há mais de dois meses sem receber.