Apesar de um pedido desculpas, feito em vídeo, na terça-feira (22), o cantor MC Gui continua sofrendo perdas financeiras e de seguidores nas redes sociais, além de um enxurrada sem fim de críticas. Tudo porque, na viagem que faz à Disney (EUA), o artista um vídeo debochando da aparência de uma criança que, nas imagens, aparece séria e não gostando nada da filmagem.
A primeira reação contrária a atitude do cantor surgiu em Três Lagoas. Uma escola de idiomas não demorou em cancelar uma apresentação do cantor em um evento programado para o dia 31. Em nota emitida no dia 21, a empresa diz que não apoia comportamentos classificados como bullying.
Na internet, as reações do público foram imediatas.
De acordo com portais que acompanham a vida dos artistas, quatro eventos com participação de MC Gui foram cancelados. Entres eles, o Baile do Poderoso Prime, que acontece no dia 27 de outubro, em São Paulo. A participação do artista também foi cancelada em eventos na cidade de Caieiras (SP), Cambuquira (MG) e em Três Lagoas.
Dois dias depois, uma loja de roupas masculinas que vendia produtos da G Style – a marca do funkeiro – encerrou a parceria com ele após o vídeo. Em comunicado, a empresa diz que não tolera atitudes como a do cantor, mesmo após pedido de desculpas.
OPINIÃO
O advogado Luiz Augusto Filizzola D’Urso, especialista em cibercrimes e direito digital, explica que “em que pese o fato ter ocorrido nos Estados Unidos, o Estatuto da Criança e do Adolescente prevê em seu artigo 18 que é dever de todos velar pela dignidade da criança e do adolescente, pondo-os a salvo de qualquer tratamento vexatório ou constrangedor”.
O presidente da Comissão Nacional de Cibercrimes da Associação Brasileira dos Advogados Criminalistas também afirma que “a responsabilidade das celebridades e famosos, que influenciam um grande número de seguidores nas redes sociais, é gigantesca, portanto, devem ter cuidado redobrado em cada publicação, além de lutarem contra o cyberbullying, estando ou não no território nacional”.