A coleta de lixo, em Três Lagoas, tem se tornado um serviço cada vez mais arriscado para os garis. Isso porque eles têm contato direto com os lixos descartados pelos moradores e, por isso, estão suscetíveis a acidentes e contaminações. Neste ano, dez garis ficaram feridos no município durante o recolhimento de materiais descartados pela população de forma inadequada.
Agulhas, cacos de vidro, seringas, pedaços de ferro, são exemplos de materiais que precisam de atenção para descarte, a fim de evitar acidentes e contaminação por doenças infectocontagiosas. O alerta é feito pelos trabalhadores e pelo Setor de Vigilância em Saúde do Trabalhador da prefeitura, que promove uma campanha de conscientização.
A coordenadora do setor de Vigilância em Saúde do Trabalhador, Neide Hiroko Yuki da Silva, explica que a ação “Consciência Tranquila Não Machuca Ninguém”, tem o objetivo de combater os casos as ocorrências com coletores de lixo, profissionais de limpeza, zeladores, entre outros trabalhadores do serviço de limpeza e conservação. “No dia a dia do trabalho, eles [garis] passam por muitas situações. Mesmo usando luvas, estão em contato com objetos cortantes, contaminados. E todos pedem mais atenção dos moradores”, pontuou.
De acordo com um relatório da Vigilância em Saúde, ao menos 49 pessoas ficaram feridas neste ano com exposições a materiais perfurocortantes. Além dos coletores de lixo, estão enfermeiros, técnico de enfermagem, atendente de farmácia, estudante, biomédico, auxiliar de laboratório. “Na 1ª etapa da campanha foram feita reuniões com 21 farmacêuticos da rede, que iniciaram orientações e a distribuição das caixas em todas as unidades de saúde. Já na 2ª etapa, foi feita a distribuição dos materiais informativos e orientações para 43 drogarias privadas”, explicou a coordenadora.