Escolas e instituições sociais abriram o desfile cívico de 7 de setembro nesta quarta-feira em Campo Grande. Este é o primeiro em comemoração ao bicentenário da independência do Brasil no período pós-pandemia. Pelo menos 15 mil pessoas assistiram às apresentações, que reuniram mais de 4 mil integrantes de 23 instituições civis e militares.
Os integrantes das Forças Armadas mostraram ao público 37 viaturas, entre eles vários blindados, 8 motos e 3 helicópteros. A Força Aérea Brasileira esteve com 3 aeronaves sobrevoando o local do desfile no momento em que os militares da Aeronáutica desfilaram.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) levou ao desfile 18 viaturas e 11 motos e cães adestrados que atuam nas ações da corporação. Além dos integrantes das unidades como o Choque, Ambiental, Cavalaria e Centro de Formação (Cefap), a Polícia Militar se apresentou com 20 viaturas e 8 motos.
A Polícia Civil desfilou com 200 policiais e 40 viaturas. Representando a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) no desfile, 170 policiais penais e 10 viaturas. O Corpo de Bombeiros também participou com militares e viaturas.
Foram dois anos sem desfiles comemorativos em comemoração do dia 7 de setembro e, nas ruas, o sentimento do público era de patriotismo. "O desfile tá muito legal, muito bacana, depois de tanto tempo parece até que é a primeira vez. Me sinto muito patriota vendo o pessoal desfilando", Jacson Marques, motorista.
Foi montado um palanque para as autoridades na principal avenida da cidade, a Afonso Pena e arquibancadas foram colocadas para receber a população na rua 13 de Maio, entre a Dom Aquino e a 15 de Novembro. Nas ruas teve carreata, representantes da Associação Comercial e de empresas do transporte de cargas e logística de Campo Grande se mobilizaram pela liberdade de expressão.
Ao final do desfile um grupo de profissionais da área de Enfermagem iniciou manifestação na Rua 13 de Maio, esquina com a Barão do Rio Branco. Os trabalhadores portavam faixas e cartazes com frases de protesto em relação ao piso salarial da categoria.
Uma réplica de caixão na cor preta também foi usada pelos trabalhadores como forma de representar a morte da categoria. Durante a parada, os manifestantes gritaram: “se o piso não aprovar a Enfermagem vai parar”.
Em contato com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Área de Enfermagem de Mato Grosso do Sul (Siems-MS), Lázaro Santana, a movimentação de pessoas da área não está associada ao Siems e Conselho Regional de Enfermagem (Coren).
No último domingo (4) o ministro do Superior Tribunal Federal (STF), Roberto Barroso, decidiu suspender a aplicação do piso salarial da Enfermagem. Barroso ministro deu 60 dias para que governo federal, estados, Distrito Federal e entidades do setor prestem informações sobre impacto financeiro, riscos de demissões e possível redução na qualidade do serviço prestado.
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