A profissão docente é desprestigiada socialmente, afirmou o mestre em educação Valdeci Fontoura, professor dos cursos de licenciatura da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), campus de Três Lagoas. Em entrevista ao RCN Notícias 2ª Edição, da Cultura FM 106,5 Mhz, desta quinta-feira (18), o especialista comentou sobre a baixa procura de estudantes pelos cursos de licenciatura.
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Para Valdeci Fontoura, a profissão docente está passando por um processo de decadência no sentido de prestígio social da profissão. “Falta reconhecimento da importância profissional, condições de trabalho satisfatórias e salários dignos”, comentou.
Segundo o professor, o país vai conviver com essa crise enquanto este equívoco desprestígio da profissão não for enfrentado. “Precisamos de fortes investimentos em educação”, frisou.
O trabalho do professor requer horas para ensinar e aprender. O professor evidencia que é nesse contexto que se insere o contato com as novas gerações em estado de aprendizagem e o planejamento de ensino – a forma que o professor vai trabalhar com o aluno em sala de aula. “Formamos professores para enfrentar o cotidiano em sala de aula. Desenvolvemos no futuro professor a competência de desenvolver sua função em sala de aula”, disse.
Conforme o mestre em educação, a escola deve possibilitar a liberdade de consciência dos jovens. “A escola deve preparar os jovens efetivamente para compreender o mundo do trabalho, ou seja, garantir a inserção crítica dos jovens no mundo em que vivemos”.
A política atual do país não valoriza o profissional, de acordo com Valdeci Fontoura. “Se os professores tivessem um salário digno poderiam comprar mais livros, poderiam ler mais, e com isso garantir a qualidade na educação formal das novas gerações, que esta nova geração tenha visão crítica de nossa realidade e com este poder – do conhecimento crítico – não aceitem passivamente as inúmeras injustiças sociais com as quais convivemos”.
O professor comentou que atualmente as licenciaturas estão passando por um mau período devido à baixa qualidade da educação básica. “Quem forma o professor da educação básica é a universidade. Se é assim, o problema pode, e acredito que esteja, na formação inicial dos professores, feita na universidade”, explicou.
