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Balanço

Dezoito pessoas são assassinadas em Três Lagoas e 3 casos são feminicídios

Quatro casos ainda seguem sob investigação e os autores não foram identificados pela Polícia Civil

Região da Cascalheira é um dos pontos de ocorrências criminais - arquivo/JPNews
Região da Cascalheira é um dos pontos de ocorrências criminais - arquivo/JPNews

O ano de 2022 chega ao fim com dado negativo para Três Lagoas: o número de assassinato. Neste ano, foram registrados 18 homicídios, sendo três deles feminicídios. A quantidade é bem próxima do que foi em 2021, quando 19 casos de assassinatos ocorreram na cidade. 

No balanço deste ano, 14 casos foram esclarecidos, segundo o delegado regional Ailton Pereira. “Foram esclarecidos graças ao empenho das forças policiais, tanto Polícia Civil, através do SIG, das unidades policiais e da Polícia Militar. Nós percebemos que os casos de assassinato cresceram, mas também notamos que a cidade cresceu, e atrás deste progresso estão as mazelas”, frisou o delegado regional.

A maioria dos homicídios está relacionada em desentendimento pelo abuso do álcool ou desavenças por tráfico de drogas. “É importante ressaltar que o uso excessivo de bebida alcoólica e drogas ajuda no crescimento desta violência”, destacou o delegado.

No entanto, quatro casos ainda seguem sem respostas e os autores não foram identificados.O primeiro aconteceu no dia 15 de setembro deste ano, quando o corpo de Augusto Machado, de 32 anos, foi encontrado às margens da BR-158, saída para Brasilândia. Na época, o corpo foi encontrado com os pés e as mãos amarrados. Peritos da Polícia Civil identificaram duas perfurações na cabeça realizadas por disparo de arma de fogo.

Outro caso que ganhou repercussão na cidade foi de dois corpos despejados na região da Cascalheira, no mesmo final de semana, ainda em setembro de 2022.

No dia 24, o corpo de um homem identificado como, Pablo Cristian Azambuja, de 30 anos, estava parcialmente carbonizado e também com as mãos amarradas.

No dia seguinte, 25 de setembro, novamente os policiais foram acionados, pois,  um grupo de pessoas encontrou um cadáver na mesma região. O corpo era de Elias Ribeiro, de 29 anos, que estava com perfurações e parcialmente carbonizado. 
Na época, a esposa de Elias reconheceu o corpo do marido e ainda informou que ele estava desaparecida há dois dias.

O último caso que ainda segue sem solução, é do caso de Vinícius Cordeiro, de 28 anos, mais conhecido com ‘Zago’. O homem foi morto no dia 12 de novembro deste ano, em uma ação de pistoleiros, ‘Zago’ estava em uma residência no Novo Oeste, em Três Lagoas, quando foi surpreendido por três homens encapuzados que estavam em duas motocicletas e efetuaram 15 disparos de arma de fogo.

A vítima tinha várias passagens policiais, era velho conhecido dos meios criminais. Logo após o crime os homens fugiram do local e até o momento não foram identificados.

“Tanto o SIG, quanto às demais delegacias estão empenhadas nas investigações destes casos. A gente acredita que em breve iremos solucionar essas quatro ocorrências. Nós contamos muito com as testemunhas, mas como foram crimes bárbaros, elas acabam sendo coagidas, mas a Polícia Civil vem obtendo resultado no esclarecimento destes casos” finalizou o delegado Ailton Pereira.